São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2008

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Sem dar prazo: Bush insinua corte de tropas no Iraque

DA REDAÇÃO

Sem nenhuma menção a prazos, o presidente George W. Bush abriu caminho para um corte no número de soldados americanos no Iraque ao elogiar ontem, em Washington, a estabilização da segurança no país árabe nos últimos três meses. Trata-se do sinal mais claro, até agora, de uma eventual intenção de diminuir suas forças no país, atualmente em torno de 142 mil homens, antes de deixar o governo, em janeiro.
Com a morte de 12 soldados, o mês encerrado ontem foi o que registrou menos baixas americanas desde a invasão, em março de 2003. Entre iraquianos, o número de mortes do mês é o mais baixo dos últimos três anos -97 militares e 305 civis, segundo a ONG Iraq Coalition Casuality Count.
"Mais para frente, neste ano, o general [David] Petraeus [comandante das operações americanas no Oriente Médio] vai me apresentar suas recomendações sobre o futuro tamanho do contingente -incluindo novas reduções de nossas forças de combate conforme as condições permitirem", declarou.

Acordo
Além de atribuir a melhoria à maior responsabilidade pela segurança assumida pelo governo e pelas forças iraquianas, Bush disse que estão "progredindo" as negociações com Bagdá para o acordo de segurança que permitirá aos EUA manter soldados no país legitimamente após expirar o mandato da ONU, no fim deste ano.
No entanto, ele não mencionou nenhum acordo final. A data-limite não-oficial era ontem.
Segundo o "New York Times", o acordo dá aos iraquianos o que eles mais querem: garantia de que não haverá tropas estrangeiras em seu território, ao mesmo tempo que permite a extensão da presença americana se a segurança piorar.


Com agências internacionais


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