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Bush recua e afirma que
vencerá guerra ao terror
DA REDAÇÃO
Um dia depois de declarar, em
entrevista na TV, que os EUA não
poderiam ganhar a guerra ao terrorismo, o presidente George W.
Bush voltou atrás e reafirmou que
o país irá ganhá-la. Ontem, a frase
foi exaustivamente explorada pela campanha do presidenciável
democrata, John Kerry.
Anteontem, o presidente havia
dito à NBC: "Não acho que se possa vencê-la [a guerra ao terror].
Mas penso que seja possível criar
condições para que aqueles que
usam o terror como instrumento
sejam menos aceitos no mundo".
Foi a primeira vez que deixou escapar algo que não fosse a pura
afirmação da vitória.
Ontem, em Nashville (Tennessee), para um público formado
por membros da Legião Americana, o maior grupo de veteranos de
guerra do país, ele tentou se explicar: "Vivemos hoje um momento
de guerra por nosso país, uma
guerra que não começamos, mas
que venceremos".
Bush acrescentou: "É um tipo
de guerra diferente. Nós não vamos jamais nos sentar numa mesa de negociações de paz, mas não
pode haver dúvida de que estamos vencendo e iremos vencer".
O porta-voz da campanha de
Kerry, Phil Singer, foi irônico: "O
que vimos hoje [ontem] é que
George W. Bush é capaz de dar
declarações dizendo que vamos
ganhar a guerra contra o terror.
Mas ele claramente tem dúvida
sobre sua habilidade para fazer isso, e com boas razões".
Kerry e Bush, praticamente empatados nas pesquisas eleitorais,
se digladiam para aparecer diante
do público como o mais capaz
"senhor da guerra", num momento em que o país trava múltiplas intervenções militares.
Até a primeira-dama dos EUA,
Laura Bush, que normalmente silencia sobre política externa, fez
questão de afirmar que o marido
conduz a guerra ao terror e que irá
vencê-la "para que todas as crianças possam crescer em um mundo mais pacífico".
Bush lançou a guerra contra o
terror logo após o 11 de Setembro
(2001), e, desde então, o tema é
dominante na agenda política
norte-americana. Numa coletiva
em abril, ele falou de seus planos
para vencer o terror; no discurso
sobre o Estado da União, em janeiro, também não deixou dúvida
sobre sua crença na vitória.
Com agências internacionais
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