São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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Oito morrem em ataque a bar de Cancún

Crime seria resposta do narcotráfico após proprietário de estabelecimento ter se recusado a pagar por proteção

Ataque com coquetéis molotov acontece longe do centro; investigação descarta a existência de turistas entre as vítimas


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Seis mulheres e dois homens morreram num ataque incendiário a um bar de Cancún, no México, no começo da madrugada de ontem.
Distante do centro, o estabelecimento, chamado Castillo del Mar, não era frequentado por turistas e oferecia shows com strippers.
Os nomes e as nacionalidades das vítimas ainda não foram informados, mas autoridades já descartaram a presença de turistas.
De acordo com testemunhas, à 1h, cerca de dez pessoas chegaram ao bar a bordo de dois veículos. Quatro lançaram coquetéis molotov enquanto as outras seis, armadas, bloqueavam a saída.
Entre as vítimas, quatro morreram em decorrência de queimaduras graves e outras quatro, de asfixia.
Duas chegaram a ser socorridas com vida em hospitais da região.
Segundo o procurador do Estado de Quintana Roo, ao qual pertence Cancún, Francisco Alor Quezada, a principal hipótese é a de que o crime tenha sido cometido por traficantes da região por vingança, já que o dono do bar, Augusto León, havia, há três semanas, se recusado a pagá-los por proteção.
Na ocasião, o comerciante denunciou a visita de um suposto traficante que se identificou como Juan Piña González e cobrou 40 mil pesos (cerca de R$ 5.300) por sua proteção.
O suposto extorsor chegou a ser preso, mas foi liberado por falta de provas.
Peritos examinam os destroços do bar, para determinar a composição dos coquetéis molotov.
Turística, Cancún costuma permanecer alheia à violência do crime organizado mexicano que, desde o final de 2006, já matou 28 mil.
Há alguns meses, porém, vários cartéis disputam o controle de Cancún, entre eles o do Golfo e os Zetas, apontados como possíveis autores do massacre de 72 imigrantes descoberto na semana passada, em San Fernando, no norte do país.
No último dia 18 de junho, 12 cadáveres foram encontrados nas lagoas subterrâneas da região de Cancún que são usadas por criminosos para a desova de corpos.


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