|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Irã reprova jornal
que chamou Carla
Bruni de prostituta
Diário defende morte de primeira-dama por
solidariedade à iraniana Sakineh Ashtiani
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Ministério de Relações
Exteriores do Irã pediu ontem à imprensa do país que
adote linguagem mais moderada ao se referir a autoridades de outros países.
A declaração ocorreu no
mesmo dia em que o jornal linha-dura "Kayhan" voltou a
atacar a primeira-dama da
França, Carla Bruni-Sarkozy,
e defender sua morte por ela
ter expressado solidariedade
à iraniana sentenciada à
morte por apedrejamento.
"Insultar autoridades de
outros países e usar palavras
inapropriadas não é aprovado pela República Islâmica",
disse o porta-voz da chancelaria, Ramin Mehmanparast.
Bruni está entre várias celebridades que divulgaram
apoio a Sakineh Ashtiani,
condenada por adultério e
cuja sentença aguarda confirmação da Justiça.
No sábado, o "Kayhan",
cujo editor-chefe é indicado
pelo líder supremo do Irã, noticiou a carta em reportagem
com o título "Prostitutas
francesas entram em alvoroço de direitos humanos".
Ontem, o jornal voltou a se
referir ao assunto, criticando
"relacionamentos ilícitos [de
Bruni] com várias pessoas".
Por esse motivo, segundo o
jornal, ela mereceria o mesmo destino de Sakineh.
O governo francês comunicou às autoridades de Teerã que as "injúrias" do "Kayhan" são "inaceitáveis".
REPRESSÃO
Cerca de 50 membros da
milícia Basij, ligadas à Guarda Revolucionária iraniana,
cercaram ontem a residência
do ex-candidato à Presidência Mehdi Karoubi para impedi-lo de comparecer a uma
cerimônia religiosa.
Segundo o site do oposicionista, não é a primeira vez
que ele é atacado por forças
leais ao presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Texto Anterior: Primos pediram que brasileiros não viajassem Próximo Texto: Frase Índice
|