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Acidente
diverge de
Tchernobil
das agências internacionais
O pior acidente nuclear da história aconteceu em Tchernobil
(130 km de Kiev, na Ucrânia), em
26 de abril de 1986. Uma explosão
e um incêndio numa usina nuclear da cidade espalharam radiação para boa parte da Europa.
Logo após a explosão, houve 31
mortos. Ao menos 400 mil pessoas foram retiradas da região.
Steve Kerekes, porta-voz do
Instituto de Energia Nuclear em
Washington, disse que, segundo
relatórios iniciais, o acidente no
Japão foi bem menos perigoso
que o de Tchernobil.
Esse acidente diverge muito do
ocorrido em Tchernobil. O local
afetado não foi uma usina nuclear, por exemplo, mas uma usina de reprocessamento de urânio.
Em Tchernobil, houve vazamento de substâncias radioativas
para fora da usina, e o quarto reator explodiu. No Japão, escapou
radiação (não substâncias radioativas) e não houve explosão.
Em 86, a nuvem de radioatividade emanada do reator superaquecido se espalhou pela Europa
e causou pânico. Ela chegou ainda
ao Japão e ao Oriente Médio.
A nuvem liberada pela explosão
atingiu, segundo cálculos da
Agência Internacional de Energia
Nuclear, 5 milhões de pessoas.
Na época, diversos países europeus acusaram a então União Soviética de não divulgar que havia
ocorrido um acidente e de fornecer informações contraditórias.
O país também foi acusado de
restringir as informações a respeito do acidente. A radioatividade
foi detectada na Suécia, e Moscou
chegou a negar a ocorrência de
um acidente nuclear.
O governo soviético disse que
funcionários da usina não teriam
avaliado imediatamente a dimensão do acidente. Os soviéticos não
teriam acreditado que houvesse
risco, segundo as autoridades.
Por isso, não informaram os países vizinhos
Após o acidente, foi criada uma
zona de proteção em torno da usina, com um raio de cerca de 30
quilômetros.
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