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TV confirma ascensão de comunista
Kim Jong-un, provável futuro ditador norte-coreano, é apresentado oficialmente pela liderança do seu partido
Rede estatal divulga vídeo do filho do ditador Kim Jong-il em evento na última terça-feira, quando foi promovido
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
A Coreia do Norte divulgou
ontem as primeiras imagens
oficiais de Kim Jong-un, que
vem sendo preparado pelo
pai, o ditador Kim Jong-il, para sucedê-lo no comando de
um dos regimes mais fechados do mundo.
Recém-nomeado general
de quatro estrelas, Kim Jong-un, de 27 ou 28 anos, aparece
vestido com um típico traje
comunista durante encontro
do Partido dos Trabalhadores norte-coreano celebrado
na terça-feira.
Na ocasião, ele foi nomeado o número dois da comissão militar da única agremiação política do país.
Kim Jong-un está na primeira fila do auditório lotado
por membros do partido e
militares. Ele e os outros participantes aparecem aplaudindo e logo de cabeça abaixada, provavelmente durante discurso de Kim Jong-il.
A maior reunião do partido em 30 anos foi realizada
no Palácio Memorial Kumsusan. Lá está o corpo embalsamado de Kim Il-sung, que governou a Coreia do Norte desde o fim da guerra que levou
à divisão do país, em 1953,
até a sua morte, em 1994,
quando o atual ditador assumiu o comando.
Aos 68 anos, o líder norte-coreano está com a saúde fragilizada, aparentemente
após ter sofrido um derrame.
Até o congresso desta semana, a única imagem conhecida de Kim Jong-un
eram fotos de sua infância, e
ele nunca havia sido mencionado pela imprensa estatal
norte-coreana.
Em agosto, o herdeiro
acompanhou Kim Jong-il em
uma visita à China, principal
aliado da Coreia do Norte. Na
viagem, foi apresentado ao
dirigente máximo do gigante
asiático, Hu Jintao.
Ontem, a agência estatal
KCNA informou que uma delegação norte-coreana viajou
a Pequim, onde relataria ao
governo chinês as mudanças
políticas desta semana.
Também ontem, o primeiro encontro entre delegações
militares das duas Coreias
terminou sem avanços, segundo relato de Seul.
O governo sul-coreano teria exortado Pyongyang a admitir o ataque a um navio militar em março, que matou 46
marinheiros. A comitiva norte-coreana voltou a negar a
autoria do ataque.
O incidente provocou uma
das piores deteriorações na
relação entre os dois países
dos últimos anos. As Coreias
tecnicamente ainda estão em
guerra, já que só uma trégua
foi assinada ao final do conflito, em 1953.
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