DE NOVA YORK

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, disse ontem estar aberto a dialogar com Porfirio Lobo, vencedor da eleição em Honduras. Em entrevista à rádio Cooperativa, do Chile, Insulza disse que a conversa é em prol da democracia no país, mas afirmou que ainda apoia o presidente deposto Manuel Zelaya.
Os países que compõem a OEA estão divididos em relação ao reconhecimento do pleito. Insulza disse que as primeiras ações de Lobo serão decisivas para garantir a aceitação do novo governo. Ele deve assumir no dia 27 de janeiro.
Para Christopher Sabatini, diretor de Política do Council of the Americas, a OEA sai fragilizada. "Você tem a ação ridícula do Insulza ir no avião com Zelaya na tentativa [frustrada] de voltar ao país. Isso demonstra fraqueza e risco de irrelevância da OEA."
O especialista disse que, sem saber o que acontecerá com Zelaya, a situação segue indefinida por conta da grande divisão política no país. Para Sabatini, o apoio dos EUA à eleição é resultado da influência conservadora no Congresso. "Isso deu fôlego ao governo interino para resistir até agora." (JANAINA LAGE)


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