São Paulo, quinta-feira, 02 de fevereiro de 2006

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CLIMA

Temperatura chegou a 25C negativos no mês passado

Frio mata 589 em 2 semanas na Ucrânia, diz Ministério da Saúde

DA REDAÇÃO

Ao menos 589 pessoas morreram de frio na Ucrânia nos últimos 15 dias do mês de janeiro, período em que as baixas temperaturas atingiram níveis recordes, segundo disse ontem o Ministério da Saúde ucraniano.
Cerca de 7.000 ucranianos precisaram de atendimento médico no mesmo período, no qual a temperatura chegou a 25C negativos, e por volta de 3.500 tiveram de ser hospitalizados, segundo dados do ministério. A maioria dos hospitalizados é da cidade de Kharkiv, no leste do país.
Enquanto isso, o presidente Viktor Yushchenko ordenou que as autoridades do setor energético ponham fim a um corte de fornecimento de energia -que já dura 11 dias- na cidade de Alchevsk.
Segundo Yushchenko, as autoridades deverão restaurar o fornecimento de energia até 11 de fevereiro, e os responsáveis pelo problema terão de responder por seus atos na Justiça.
Por volta de 60 mil pessoas vêm enfrentando o frio glacial em seus apartamentos e em suas casas sem o auxílio de um sistema de calefação. Desde 22 de janeiro, o sistema entrou em colapso em Alchevsk, e o problema ainda não foi resolvido.
O fornecimento de energia foi cortado quando um dos canos que levava água quente de um aquecedor central para blocos de apartamentos, escolas e prédios públicos congelou e rachou.
Uma delegação do governo ucraniano deverá viajar à região de Alchevsk para analisar o ocorrido e planejar os trabalhos de conserto do sistema de calefação local, segundo Yushchenko.
Este visitou a cidade na última segunda-feira e culpou as autoridades locais pelo que chamou de "situação lamentável" em que se encontra a população.
Durante sua visita, o presidente ucraniano propôs que todas as crianças da cidade de Alchevsk fossem enviadas aos resorts existentes na região da Criméia, onde as temperaturas não são tão baixas e as condições de infra-estrutura são bem melhores.
Segundo a agência de notícias Interfax, as primeiras 655 crianças deveriam ser transferidas para a Criméia na tarde de ontem.
Em boa parte do Leste Europeu a onda de frio causou centenas de mortes nas últimas semanas.


Com agências internacionais

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