DA REDAÇÃO

Barack Obama disse ontem à noite que, em um ano, uma parte "substancial" dos 140 mil soldados americanos hoje no Iraque estará de volta aos EUA. Obama citou as eleições provinciais de sábado no Iraque como um sinal de que as tropas já não são tão necessárias: "Estamos numa posição de dar maiores responsabilidades aos iraquianos".
Na campanha, Obama prometeu retirar todos os soldados do país árabe em 16 meses, mas há resistência entre comandantes militares. Ele prometeu esclarecer "de maneira formal", em breve, os detalhes de sua política tanto para o Iraque quanto para o Afeganistão.
Números divulgados em Bagdá mostram que o comparecimento às eleições não foi tão alto como se esperava: votaram 51% dos 15 milhões de eleitores, pouco mais que os 49,8% do pleito anterior, em 2005 -quando, além dos Conselhos Provinciais, foram eleitos parlamentares nacionais. A abstenção foi atribuída à alta militarização das zonas eleitorais.
A apuração mostrava avanço de partidos seculares e do Dawa, do premiê Nuri al Maliki, o que pode fortalecê-lo no pleito nacional de dezembro.