São Paulo, terça-feira, 02 de fevereiro de 2010

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Casa Branca minimiza ameaça chinesa de revide

RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM

O governo americano defendeu ontem a venda de armas para Taiwan, que enfurece a China. Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, avaliou como "desnecessária" a ameaça chinesa de retaliar empresas dos EUA envolvidas na venda a Taipé.
Antes, o secretário-assistente da Defesa para a Ásia-Pacífico, Wallace Gregson, dissera que Washington quer manter boa relação com Pequim, mas que não pode "abandonar Taiwan".
A China anunciou sanções comerciais às empresas americanas que forneçam armas do pacote de US$ 6,4 bilhões a Taiwan, que inclui helicópteros, baterias antimísseis e navios. Boeing e Lockheed estão entre elas.
O jornal oficial do Partido Comunista chinês, o "Diário do Povo", acusa os EUA de "pensamento grosso e irracional digno da Guerra Fria".
Após estabelecer reações diplomáticas com a China comunista, uma lei de 1979 obriga os EUA a zelar pela segurança de Taiwan, que a China considera Província rebelde, mas que tem governo autônomo há 60 anos.
Há 1.500 mísseis no litoral chinês apontados para Taiwan. Desde maio de 2008, porém, a relação dos dois lados do estreito de Formosa melhorou após a posse do presidente taiwanês Ma Ying-jeou, que defende melhores relações comerciais com a China continental.
No final de 2008, o governo Bush anunciou a venda de armas para Taiwan no mesmo valor, mas a reação chinesa foi mais discreta.
Para analistas, o novo status da China após a crise financeira global lhe permite ser mais agressiva na defesa de seus interesses.


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