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Casa Branca minimiza ameaça chinesa de revide
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
O governo americano defendeu ontem a venda de armas para Taiwan, que enfurece a China. Robert Gibbs,
porta-voz da Casa Branca,
avaliou como "desnecessária" a ameaça chinesa de retaliar empresas dos EUA envolvidas na venda a Taipé.
Antes, o secretário-assistente da Defesa para a Ásia-Pacífico, Wallace Gregson,
dissera que Washington
quer manter boa relação com
Pequim, mas que não pode
"abandonar Taiwan".
A China anunciou sanções
comerciais às empresas
americanas que forneçam
armas do pacote de US$ 6,4
bilhões a Taiwan, que inclui
helicópteros, baterias antimísseis e navios. Boeing e
Lockheed estão entre elas.
O jornal oficial do Partido
Comunista chinês, o "Diário
do Povo", acusa os EUA de
"pensamento grosso e irracional digno da Guerra Fria".
Após estabelecer reações
diplomáticas com a China
comunista, uma lei de 1979
obriga os EUA a zelar pela segurança de Taiwan, que a
China considera Província
rebelde, mas que tem governo autônomo há 60 anos.
Há 1.500 mísseis no litoral
chinês apontados para Taiwan. Desde maio de 2008,
porém, a relação dos dois lados do estreito de Formosa
melhorou após a posse do
presidente taiwanês Ma
Ying-jeou, que defende melhores relações comerciais
com a China continental.
No final de 2008, o governo Bush anunciou a venda de
armas para Taiwan no mesmo valor, mas a reação chinesa foi mais discreta.
Para analistas, o novo status da China após a crise financeira global lhe permite
ser mais agressiva na defesa
de seus interesses.
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