São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2007

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DROGAS

Para EUA, Bolívia e Venezuela falham no combate ao tráfico

DA REDAÇÃO

A Venezuela e a Bolívia foram criticadas, e a Colômbia elogiada, em relatório sobre tráfico de drogas divulgado hoje nos EUA.
De acordo com o Relatório 2007 da Estratégia Internacional de Controle de Narcóticos, do Departamento de Estado dos EUA, os três países foram identificados como os maiores fornecedores ocidentais de drogas -principalmente cocaína- para os EUA. Porém, enquanto Caracas e La Paz foram repreendidas, o governo colombiano, do presidente Álvaro Uribe, foi elogiado.
Segundo o documento, tanto o governo de Hugo Chávez quanto o de Evo Morales, descritos como "hostis aos EUA", têm ou se negado a colaborar ou agido de modo ineficiente no combate ao tráfico de drogas.
A Venezuela, na avaliação do Departamento de Estado americano, "tem falhado claramente" no cumprimento de suas obrigações no combate ao narcotráfico. Em razão disso, conclui o estudo, "o crime organizado tem se desenvolvido" ali.
A Bolívia, de Evo Morales -ele mesmo tendo começado sua vida política representando os cocaleros do país-, apresentou "o nível mais baixo de erradicação [do cultivo de coca] nos últimos dez anos". Isso porque as "conexões políticas" dos cocaleros estão minando os avanços já obtidos.
Já o governo da Colômbia, país onde se produz cerca de 90% da cocaína consumida no mundo e onde os EUA patrocinam o Plano Colômbia de combate às drogas, "está totalmente comprometido com a luta contra a produção e o tráfico". Segundo estimativa do relatório, a Colômbia destruiu em 2006 mais de 213 mil hectares de coca.
O Brasil também foi citado. O país é "significativo" na rota das drogas para a Europa e o Oriente Médio, afirma o documento. O relatório conta ainda que, embora 2006 tenha sido um ano "produtivo" para a Polícia Federal no combate ao narcotráfico, deve-se dar "mais atenção às amplas regiões de fronteira terrestre".

Instabilidade social
Outro relatório com análises de países da América Latina, este da Comissão Andina de Juristas, concluiu que a instabilidade social é uma das maiores ameaças à democracia na Bolívia, na Venezuela e na Colômbia, além de Equador e Peru.
Segundo o documento, em muitos casos "a instabilidade se origina de cima, na cúpula do Estado".


Com agências internacionais


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