São Paulo, sábado, 02 de abril de 2011

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Oposição na Costa do Marfim faz cerco ao palácio presidencial

Combates prosseguem em Abidjã; ditador se recusa a deixar poder

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças oposicionistas da Costa do Marfim cercaram o palácio presidencial em Abidjã, a maior cidade do país, e mantiveram combates com as tropas leais ao governo. Houve ataques à TV estatal, à casa do ditador Laurent Gbagbo (pronuncia-se "bagbô") e a duas bases militares.
As milícias de oposição tentam empossar o rival do ditador, Alassane Ouattara (pronuncia-se "uatarrá"). Ele venceu a eleição presidencial de novembro de 2010, reconhecida pela ONU, mas não assumiu porque Gbagbo se recusa a deixar o poder.
O ditador não é visto em público há cinco dias, mas seus aliados continuam a dizer que ele não tem a intenção de deixar o cargo, apesar dos reiterados pedidos da França -país do qual os marfinenses se tornaram independentes em 1960-, da ONU e da União Africana.
Gbagbo governa o país desde 2000. Seu mandato ia até 2005, mas a eleição foi adiada por cinco anos sob a alegação de instabilidade.
Em Abidjã, os homens de Ouattara enfrentam agora os cerca de 2.500 soldados da Guarda Republicana de Gbagbo, além da parte do Exército que não desertou.
A oposição diz ter o domínio de 80% do país. Ontem, ao norte de Abidjã, centenas de soldados de Ouattara se preparavam para atacar.
Os números de mortos e feridos são incertos, mas a ONG Médicos sem Fronteiras diz ter atendido ao menos 80 pessoas. Uma funcionária sueca da ONU morreu atingida por uma bala perdida. Relatos da Cruz Vermelha dão conta de que, na terça-feira, 800 pessoas morreram em conflitos no oeste do país.
A missão de paz da ONU informou ter sido atacada por forças leais a Gbagbo. Houve tiroteio, que durou cerca de três horas e feriu três dos integrantes da força.
O governo americano pediu a saída do ditador.


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