São Paulo, quinta-feira, 02 de maio de 2002

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EUA e sauditas elaboram plano para a região

RUPERT CORNWELL
DO ""THE INDEPENDENT"

Os Estados Unidos e a Arábia Saudita acordaram uma nova estratégia visando chegar a uma paz duradoura no Oriente Médio. Ela começaria com um cessar-fogo total e a retirada israelense, culminando numa conferência internacional para discutir os detalhes de um acordo final de paz e a criação de um Estado palestino.
O plano teria sido elaborado durante as conversações mantidas na semana passada, no Texas, entre o presidente George W. Bush e o príncipe Abdullah, herdeiro do trono da Arábia Saudita. Ele prevê que os EUA exerçam pressão forte sobre Israel para a retirada total de suas tropas da Cisjordânia, enquanto os Estados árabes exerceriam pressão sobre Iasser Arafat para que ele assumisse publicamente o compromisso de pôr fim total à violência contra Israel.
Depois, israelenses e palestinos passariam a sofrer intensa pressão internacional para negociar um acordo político final -que provavelmente não seria muito diferente do acordo que Bill Clinton tentou intermediar no final de seu governo.
De acordo com o pensamento saudita e americano, o fórum para essas conversações poderia ser uma conferência internacional contando com o respaldo dos EUA, da União Européia, da Rússia e da ONU e com a presença do Egito, da Arábia Saudita, de Marrocos, da Síria e da Jordânia.
Bush agora já admite que os EUA não poderão manter distância do conflito no Oriente Médio sem incorrer no risco de prejudicar em muito suas relações com o mundo árabe. O sinal mais palpável do novo envolvimento de Washington é o acordo pelo qual funcionários americanos e britânicos vão vigiar os prisioneiros palestinos acusados de matar o ministro israelense do Turismo no ano passado em troca da liberação de Arafat. Espera-se agora que ele funcione como presságio do envio de mais monitores estrangeiros à região.



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