São Paulo, quinta-feira, 02 de maio de 2002

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Manifestantes tomam a Bastilha

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE PARIS

A praça da Bastilha foi o ponto principal da passeata contra o extremista Jean-Marie Le Pen ontem em Paris.
A multidão que se instalou em seus arredores antes do horário previsto acabou bloqueando durante mais de duas horas os manifestantes reunidos na praça da República, onde se iniciaria o cortejo.
A Bastilha não foi escolhida por acaso. A praça era o coração popular da capital e se tornou o marco da Paris revolucionária, com a tomada da prisão, símbolo do absolutismo real, em 1789.

Revolução e diversão
A coluna situada no meio da praça é dedicada aos dias revolucionários de 27, 28 e 29 de julho de 1830, conhecidos como os "três gloriosos", que afastaram do poder o rei Charles 10º e colocaram o rei Philippe d'Orléans no trono francês. No alto da coluna há um anjo com ares de cupido, que os franceses chamam de "gênio da Bastilha".
Para os franceses, a Bastilha é um sinônimo de revolução e de divertimento, já que além do Teatro da Ópera, situado na praça, a região é conhecida por sua vida noturna animada, seus bares e restaurantes, além de ruas sempre cheias de gente nas calçadas.
Depois de ocuparem a Bastilha, os manifestantes se dirigiram à praça da Nação, local para onde a guilhotina, inventada durante a Revolução, foi transferida após ter sido durante bastante tempo atração na praça de la Concorde. (DF)


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