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Manifestantes tomam a Bastilha
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE PARIS
A praça da Bastilha foi o ponto
principal da passeata contra o extremista Jean-Marie Le Pen ontem em Paris.
A multidão que se instalou em
seus arredores antes do horário
previsto acabou bloqueando durante mais de duas horas os manifestantes reunidos na praça da
República, onde se iniciaria o cortejo.
A Bastilha não foi escolhida por
acaso. A praça era o coração popular da capital e se tornou o marco da Paris revolucionária, com a
tomada da prisão, símbolo do absolutismo real, em 1789.
Revolução e diversão
A coluna situada no meio da
praça é dedicada aos dias revolucionários de 27, 28 e 29 de julho de
1830, conhecidos como os "três
gloriosos", que afastaram do poder o rei Charles 10º e colocaram o
rei Philippe d'Orléans no trono
francês. No alto da coluna há um
anjo com ares de cupido, que os
franceses chamam de "gênio da
Bastilha".
Para os franceses, a Bastilha é
um sinônimo de revolução e de
divertimento, já que além do Teatro da Ópera, situado na praça, a
região é conhecida por sua vida
noturna animada, seus bares e
restaurantes, além de ruas sempre
cheias de gente nas calçadas.
Depois de ocuparem a Bastilha,
os manifestantes se dirigiram à
praça da Nação, local para onde a
guilhotina, inventada durante a
Revolução, foi transferida após
ter sido durante bastante tempo
atração na praça de la Concorde.
(DF)
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