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ARGENTINA
Revista processa Kirchner por publicidade discriminatória
DE BUENOS AIRES
Criticado por organismos
internacionais por sua atitude "intimidatória" com a imprensa, agora o governo do
presidente argentino, Néstor
Kirchner, está sendo questionado na Justiça acusado
de aplicar uma "política discriminatória" na distribuição da publicidade oficial.
O grupo Perfil, que edita
"Notícias", a revista de informação geral mais vendida na
Argentina, entrou com ação
pública contra o governo por
ser excluído da pauta publicitária. Também não recebe
anúncios oficiais seu jornal
semanal, "Perfil". Ambos criticam a Casa Rosada.
O questionamento se baseia em relatórios de organismos internacionais em
defesa da liberdade de imprensa, como a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), e nos números oficiais da publicidade, obtidos
por uma ONG local -diferentemente do Brasil, tais
dados não são públicos.
A ação recebeu o apoio do
jornal "La Nación", segundo
mais vendido e considerado
por Kirchner "opositor". Ele
recebeu 37% a menos de publicidade em 2005 que o "Página 12", alinhado ao governo. "Página 12" só publicou
menos anúncios oficiais que
o diário mais vendido, "Clarín", embora tenha menos de
1/4 da circulação dele.
Os jornalistas do "Perfil"
reclamam que não obtêm informações públicas nem são
recebidos. Entidades de classe e a ONG Human Rights
Watch tem reclamado de
discursos de Kirchner contra
a "imprensa independente".
(FLÁVIA MARREIRO)
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