São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011

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FOCO

Menino assassinado se torna símbolo da revolta na Síria

DO "GUARDIAN"

O novo rosto da revolução síria é gorducho, exibe um sorriso cativante e pertence a um adolescente de 13 anos chamado Hamza al Khatib.
O menino, da aldeia Jizah, perto de Daraa, se tornou a mais conhecida vítima da revolta síria. Ele foi detido pelas forças de segurança em 29 de abril.
Em 27 de maio, seu cadáver gravemente mutilado foi devolvido à família, que foi ameaçada e instruída a manter o silêncio.
Um vídeo divulgado por ativistas na internet mostra que Hamza foi torturado. Seu corpo inchado mostrava ferimentos de balas nos braços, olhos roxos, marcas consistentes com o uso de aparelhos que aplicam choques elétricos, escoriações e marcas de chibatadas.
Seu pescoço foi quebrado e seu pênis decepado.
Os manifestantes contrários ao ditador Bashar Assad disseram que os próximos grandes protestos serão uma homenagem a ele -o ato já está sendo chamado de "Sexta-Feira da Criança".
A imprensa estrangeira não está autorizada a trabalhar no país. Vídeos caseiros mostram multidões gritando o nome de Hamza em cidades como Latakia.
A TV estatal exibiu um programa de uma hora de duração sobre a morte de Hamza, na noite de ontem.
Um médico e um psicólogo afirmaram que o menino foi morto a tiros e que as marcas em seu corpo não eram sinais de tortura -como os ativistas alegam-, e sim que haviam sido falsificadas por conspiradores.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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