São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

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"Voto do povo não se negocia", diz cocaleiro

DO ENVIADO ESPECIAL

Evo Morales volta ao Congresso à frente de uma bancada respeitável prometendo não dar trégua na luta contra o neoliberalismo.
"O voto do povo não se negocia", afirmou ao ser questionado sobre uma aliança com os partidos de direita para formar o novo governo do país.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista. (RU)

Folha - Sua votação foi uma surpresa?
Evo Morales -
O povo da Bolívia mostrou que está cansado do modelo que aí está.

Folha - O sr. integraria um governo com partidos de direita?
Morales -
Se um dia tivermos de ser governo, a nossa aliança só poderá ser feita com o povo organizado. O voto do povo não se negocia.

Folha - Sua candidatura foi beneficiada pelo embaixador dos EUA, que ameaçou com sanções se o sr. fosse eleito?
Morales -
Ele foi meu maior cabo eleitoral, mas não foi isso que definiu a eleição. Os bolivianos estão cansados dos políticos neoliberais.

Folha - O sr. tem simpatia por algum político do Brasil?
Morales -
Admiro muito o Lula [candidato a presidente pelo PT".



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