DA REDAÇÃO

O ex-chefe dos serviços secretos do Peru Vladimiro Montesinos, 57, foi condenado ontem por crimes contra a administração pública e usurpação de funções e sentenciado a nove anos e quatro meses de prisão na primeira sentença de um dos 65 processos abertos contra ele.
Montesinos cumprirá sua pena até 24 de junho de 2010 e deverá pagar 10 milhões de sóis (cerca de US$ 2,85 milhões) de multa, segundo a sentença lida na prisão de segurança máxima em que ele se encontra, em uma base naval a oeste de Lima.
A sentença se baseia no fato de que Montesinos, o braço direito do presidente Alberto Fujimori (1990-2000), atuou na prática como chefe do SNI (Serviço de Inteligência Nacional), quando seu cargo era o de assessor presidencial para questões de segurança -o que constitui usurpação de funções.
O número de processos contra Montesinos pode aumentar, já que ele é alvo de 140 investigações. Ele é acusado de narcotráfico, violação dos direitos humanos, homicídio qualificado, participação em duas chacinas em 1991 e 1992, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, corrupção, suborno e enriquecimento ilícito, entre outros crimes.
A sentença é mais dura do que os sete anos de prisão que a Promotoria havia pedido e foi emitida 19 meses depois que um escândalo de corrupção envolvendo Montesinos acabou provocando a queda de Fujimori.



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