São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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Idéia vem de "conservador compassivo"

DE NOVA YORK

O projeto do Escritório de Iniciativas Comunitárias e Baseadas na Fé foi lançado pelo presidente republicano George W. Bush em 2001, no primeiro ano de seu mandato.
Desde então, levanta polêmica e já foi alvo de ação na Justiça. Em 2007, a Suprema Corte negou o pedido de um grupo de ateus e agnósticos para barrar o projeto, que repassa verba a grupos de caridade ligados a igrejas, mesquitas e sinagogas para que estes administrem iniciativas de assistência social.
Opositores do projeto argumentam que o poder financeiro conferido a esses grupos pode gerar tentativas de doutrinação ou pressão por hábitos de vida coerentes com os do grupo que oferece a ajuda.
Marvin Olasky, que escreveu livros que inspiraram a política social de Bush, disse à Folha em 2004 que projetos desse tipo devem vetar, por exemplo, o auxílio a alcoólatras. "Gente que está se matando de beber ou de usar drogas não deve receber ajuda do Estado".
Olasky é um dos mentores do projeto e criou o chamado "conservadorismo compassivo", que, em linha com a idéia republicana de desonerar o Estado, defende que o governo transfira a grupos religiosos a responsabilidade com programas sociais.
No sábado, Bush enaltecera o projeto em seu programa de rádio, destacando a "notável diferença que esses grupos fizeram nestes oito anos", citando ações em benefícios de moradores de rua e no combate à Aids. (DB)


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