São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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Polícia reabre inquérito sobre garota afogada na China, após motim popular

DA REDAÇÃO

A polícia chinesa reabriu as investigações sobre a morte de uma adolescente, estopim de protestos em Weng'an (sudoeste do país). Os moradores acusam autoridades de encobrirem o suposto estupro e assassinato de Li Shufen, 17, encontrada morta em um rio na semana passada. O inquérito policial afirma que ela se suicidou.
A cidade está sob cerco policial desde sábado, quando um conflito entre manifestantes e policiais deixou mais de cem feridos. Carros e prédios públicos foram queimados pela multidão. Os moradores suspeitam do envolvimento de filhos de autoridades locais na morte.
Espancado após discutir com um policial, o tio da estudante, Li Xiuzhong, negou ontem que a família tenha incitado os distúrbios. "Jamais poderíamos esperar um conflito dessas proporções. Não era algo que pudéssemos controlar", disse, ainda hospitalizado.
O secretário do Partido Comunista da Província de Guizhou, Shi Zongyuan, visitou Weng'an ontem, numa tentativa de apaziguar a população. Ele disse que questões sociais -como a disputa por minas, a migração e a remoção de residentes devido à expansão imobiliária- contribuíram para a violência e pediu a manutenção da "harmonia social".
Em entrevista coletiva, o porta-voz do departamento de segurança de Guizhou, Wang Xingzheng, defendeu o trabalho dos investigadores. Segundo a polícia de Weng'an, os três rapazes que presenciaram o afogamento -considerados suspeitos pela família- não são parentes de autoridades. O perito responsável pela autópsia diz não haver sinais de estupro, mas afirmou que novos exames serão realizados.


Com agências internacionais

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