São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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Polícia encerra sem conclusão investigação de Madeleine

DA REDAÇÃO

Sem ser capaz de sequer definir se ocorreu seqüestro ou homicídio, a polícia de Portugal encerrou a investigação de quase 14 meses sobre o desaparecimento da britânica Madeleine McCann. O caso, que causou frisson na imprensa mundial em 2007, principalmente após suspeitas caírem sobre os pais da menina, foi entregue à Procuradoria Geral do país ontem.
Em nota, a Procuradoria informou que "fará uma análise e avaliação global do (...) processo, para determinar se é preciso empreender novas ações ou se há condições para arquivar a investigação".
Nove dias antes de completar quatro anos, em 3 de maio de 2007, Madeleine sumiu de um quarto de hotel na Praia da Luz, região de Algarve, sul de Portugal, onde passava férias com seus pais. O casal Kate e Gerry McCann, ambos com 40 anos, afirmam que deixaram a filha e seus dois irmãos de dois anos dormindo no quarto para jantar com amigos na noite do desaparecimento.
Eles montaram uma gigantesca campanha internacional em busca de Madeleine. Celebridades como o jogador de futebol britânico David Beckham e a autora da série "Harry Potter", J.K. Rowling, entre outros, colaboraram com a campanha.
Em pouco tempo, porém, os McCann passaram de vítimas a suspeitos de uma suposta morte acidental da menina.
A polícia disse ter encontrado sangue e cabelos que poderiam ser de Madeleine em um carro alugado pelos McCann, mas exames de DNA foram inconclusivos. Por meses, jornais britânicos e portugueses divulgaram rumores de que o casal matara a filha e escondera o corpo. Alguns se desculparam.
Ontem, os jornais portugueses indicaram que a polícia não conseguiu reunir provas suficientes para acusar formalmente nem os pais de Madeleine nem um terceiro suspeito, Robert Murat, um inglês que vivia próximo do hotel onde a menina desapareceu.
No Reino Unido, o porta-voz dos McCann, Clarence Mitchell, pediu que o status de suspeito que paira sobre o casal seja retirado se a investigação for encerrada. "O pior que pode acontecer agora é a continuidade das suspeitas", afirmou.
A investigação continuará em segredo de Justiça até agosto. Os McCann afirmaram que vão pedir os documentos em poder da polícia para dar seguimento a uma investigação particular sobre o caso.


Com agências internacionais


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