São Paulo, domingo, 02 de agosto de 2009

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Um ano após conflito, tensão entre Geórgia e Rússia volta a crescer

Território separatista da Ossétia do Sul acusa Tbilisi de ataque com morteiros, e Moscou ameaça reagir

DA REDAÇÃO

Pouco antes de se completar um ano do início do conflito militar entre Rússia e Geórgia do qual foi pivô, o território separatista georgiano da Ossétia do Sul acusou, ontem, a Geórgia de disparar morteiros contra sua capital, Tskhinvali. Em reação, a Rússia, que reconhece a Ossétia do Sul como Estado independente, avisou Tbilisi que se reserva o direito de usar a força para defender civis.
Segundo a Ossétia do Sul, dois morteiros foram disparados contra um posto de observação militar a partir da vila de Ditsi, no lado georgiano da fronteira, que fica a algumas centenas de metros ao sul da capital sul-ossetiana.
Uma afirmação similar já havia sido feita na quinta-feira, e analistas alertaram para o perigo de novos conflitos na região.
A Geórgia negou qualquer disparo e, em meio à crescente tensão por conta da proximidade do aniversário do conflito com a Rússia, disse que a afirmação revela uma "intenção agressiva" de Moscou.
"A comunidade internacional não deveria permitir que a Rússia a engane", disse o porta-voz do ministro do Interior da Geórgia, Shota Utiashvili.
O próximo dia 7 marca um ano da entrada de tropas georgianas na separatista Ossétia do Sul. A iniciativa provocou uma resposta militar por parte da Rússia, dando início a uma guerra que durou seis dias.
O Ocidente acusou a Rússia de resposta "desproporcional" no episódio. Cessar-fogo negociado pela União Europeia garantiu a permanência de tropas russas na Ossétia do Sul e em outro território separatista georgiano, a Abkhazia.


Com agências internacionais


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