São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2011

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Polícia italiana encontra 25 corpos em navio

Vítimas morreram sufocadas em porão da embarcação de 15 metros, que levava 296 ilegais

Alessia Capasso/Associated Press
Peritos italianos na ilha de lampedusa prepararam caixões para receber corpos dos clandestinos encontrados em navio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A guarda costeira italiana encontrou ontem 25 cadáveres na sala de máquinas de um pequeno navio que entrou nas águas territoriais da ilha de Lampedusa, proveniente da Líbia, com dezenas de clandestinos a bordo.
A polícia disse ter indícios de que as vítimas morreram por asfixia após respirar gases de motor num ambiente confinado. Segundo peritos, elas não conseguiram sair do porão do navio porque a porta estava bloqueada pelo excesso de gente a bordo.
Havia 296 pessoas, incluindo mulheres e crianças, amontoadas numa embarcação de 15 metros que saira dias antes de um porto líbio ainda não identificado.
Os mortos, a exemplo das demais pessoas a bordo, eram subsaarianos que tentavam alcançar Lampedusa, ilha situada no Mediterrâneo, a 355 km do litoral da Líbia e a 160 do da Tunísia. Acredita-se que a maior parte dos ilegais moravam na Líbia, onde exerciam trabalhos braçais. Mas há suspeitas de que alguns tenham entrado na Líbia vindos de países vizinhos somente para chegar ao Mediterrâneo e tentar a travessia rumo à Europa.
Pela proximidade com a África, Lampedusa vem sendo usada há anos como ponto de entrada de ilegais no território da União Europeia. O fluxo acentuou-se desde janeiro, com as revoltas populares no norte da África.
O fenômeno gerou uma crise política entre líderes europeus, que se acusam mutuamente de não fazer o suficiente para fechar as fronteiras do bloco. A crise levou a UE a aceitar uma parcial suspensão dos acordos sobre livre circulação de pessoas.


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