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Sob diálogo por reféns Caracas solta "paras"
Grupo de 27 colombianos acusados de planejar ataque ao presidente é solto durante negociação por reféns das Farc
Paramilitares presos desde 2004 receberam na quarta o perdão de Chávez, que discute com Uribe troca
de reféns por guerrilheiros
DA REDAÇÃO
A Venezuela libertou ontem
27 de um total de 41 supostos
paramilitares colombianos
presos no país em 2004 sob
acusação de planejar um ataque contra o palácio presidencial. Na última quarta, o grupo
recebera indulto do presidente
Hugo Chávez em meio às negociações entre Bogotá e Caracas
que podem culminar na soltura
de 45 reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e, em contrapartida, de 500 guerrilheiros pelo
governo colombiano.
O ato ocorreu em San Antonio del Táchira, perto da fronteira entre os dois países, e foi
presidido pelos ministros venezuelanos da Defesa, general
Gustavo Rangel Briceño, e da
Justiça, Pedro Carreño.
"[Com o gesto] se materializa
a vontade [da Venezuela] de
atuar em conjunto pela manutenção da paz" na Colômbia,
disse Rangel, acrescentando
que seu governo "espera que
este passo seja seguido por
muitos outros". "Não podemos
esperar paz na região enquanto
não houver paz na Colômbia."
Os colombianos foram entregues a autoridades de seu país
em um destacamento da Guarda Nacional, de onde embarcaram em um ônibus que atravessaria a fronteira.
Chávez chamara o indulto de
um "gesto de boa vontade" com
o qual esperava estimular a troca de reféns e prisioneiros entre o governo colombiano e as
Farc. Na sexta, o venezuelano
se reuniu por mais de sete horas em Bogotá com o colega colombiano, Álvaro Uribe, para
debater o processo ainda incipiente. Saiu com a promessa de
receber um enviado das Farc
para prosseguir com as negociações, mas sem fixar datas.
Ontem, antes de retornar à
Venezuela, ele se encontrou na
residência do embaixador venezuelano em Bogotá com advogados de líderes da milícia
esquerdista presos nos EUA.
"O presidente Chávez nos
atendeu durante a madrugada
e foi muito cordial", disse Ramiro Orjuela, advogado de Simón Trinidad -o membro das
Farc de mais alto escalão extraditado para os EUA.
Segundo Orjuela, Chávez
quer incluir líderes das Farc
presos nos EUA entre os 500
guerrilheiros a serem libertados sob o acordo. "Ele não sabe
ainda como tratarão essa questão, pois o debate sobre esse tema ainda não começou", disse.
Com agências internacionais
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