DA REDAÇÃO

Sem discursos nem cerimônias, o presidente do México, o conservador Felipe Calderón, deveria apresentar ontem ao Congresso, por escrito, o balanço de seus primeiros nove meses à frente do governo. Em seguida, iria se retirar do local.
Devido às pressões da esquerda, as lideranças parlamentares chegaram a um acordo para abolir o ritual e preservar o presidente. Os parlamentares de esquerda não reconhecem a vitória de Calderón, que, dizem, teria sido obtida por meio de fraudes em comícios.
Até os anos 1980, quando o Partido Revolucionário Institucional (PRI, que ficou no poder por 71 anos), o dia do informe era o "dia do presidente". Nesse dia, o governante que estava no poder pronunciava discursos de várias horas, só interrompidos por aplausos entusiasmados dos legisladores.