São Paulo, quarta-feira, 02 de setembro de 2009

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CASO LOCKERBIE

Reino Unido mostra cartas para justificar soltura de líbio

DA ASSOCIATED PRESS

O governo britânico divulgou ontem documentos secretos para tentar pôr fim às acusações de que teria libertado o suposto autor do atentado de Lockerbie, em 1988, para obter favores comerciais da Líbia.
O ex-espião líbio Abdel Basset al Meghrahi, único condenado pelo atentado aéreo de Lockerbie (Escócia), no qual 270 pessoas morreram, foi libertado há duas semanas supostamente por razões humanitárias. Diagnosticado com câncer da próstata em fase terminal, ele havia cumprido numa prisão escocesa oito anos de uma pena de prisão perpétua.
Londres tornou públicas correspondências com autoridades escocesas para mostrar que não houve pacto com o ditador Muammar Gaddafi, que ontem festejou 40 anos no poder, para libertar Al Meghrahi.
Segundo o "Sunday Times", a libertação está relacionada a um acordo de exploração de petróleo e gás entre a britânica BP e a Líbia, avaliado em R$ 60 bilhões.
As cartas mostram que o ministro da Justiça britânico, Jack Straw, inicialmente resistente à inclusão de Al Meghrahi em um acordo de troca de prisioneiros entre Londres e Trípoli, acabou mudando de ideia diante do estado de saúde do réu.
Os documentos divulgados ontem também mostram laudos médicos atestando a gravidade do câncer que afeta o supostos terrorista.
Sob chuva de críticas de boa parte do Ocidente, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, relatou ao "Financial Times" ter dito em julho a Gaddafi que qualquer decisão sobre Al Meghrahi competia às autoridades da Escócia.


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