São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

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ANÁLISE

Os três desafios de Obama no Oriente Médio

DAVID E. SANGER
DO "NEW YORK TIMES"

Barack Obama está tentando uma manobra tripla que seus predecessores procuraram em vão empreender nas últimas duas décadas.
Obama quer avançar simultaneamente em relação aos problemas mais complexos do Oriente Médio -a paz israelo-palestina, o Iraque e o Irã-, na esperança de criar um círculo virtuoso em uma região que tende a mergulhar em espirais descendentes.
A história grita alto que as chances são desfavoráveis. Quando o presidente Bill Clinton argumentou que uma paz abrangente entre israelenses e palestinos uniria os países árabes na "contenção dupla" do Irã e do Iraque.
Descobriu-se que o inverso era verdadeiro: quando um desses esforços caiu por terra, os outros dois também.
Antes de invadir o Iraque, o presidente George W. Bush argumentou que derrubar Saddam Hussein criaria "um exemplo dramático e inspirador de liberdade para os outros países da região".
Em vez disso, o Iraque explodiu em chamas, e as esperanças de paz caíram por terra. O Irã acelerou sua busca por capacidade nuclear.
O argumento de Obama é mais sutil. Embora seu pensamento contenha elementos da lógica de seus predecessores, há também algumas diferenças críticas.
Elas incluem evidências de que os EUA estão realmente se retirando do Iraque, sanções muito mais duras contra o Irã e o surgimento ainda não consolidado de um governo palestino funcionante na Cisjordânia.
O êxito está longe de estar garantido em qualquer das frentes e a dinâmica entre elas é imprevisível.
"Não tivemos êxito em nenhuma dessas áreas. Mas agora temos a possibilidade e o potencial para fazer progresso significativo", diz Dennis Ross, assessor de Obama para o Oriente Médio.


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