|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANÁLISE
Os três desafios de Obama no Oriente Médio
DAVID E. SANGER
DO "NEW YORK TIMES"
Barack Obama está tentando uma manobra tripla
que seus predecessores procuraram em vão empreender
nas últimas duas décadas.
Obama quer avançar simultaneamente em relação
aos problemas mais complexos do Oriente Médio -a paz
israelo-palestina, o Iraque e o
Irã-, na esperança de criar
um círculo virtuoso em uma
região que tende a mergulhar
em espirais descendentes.
A história grita alto que as
chances são desfavoráveis.
Quando o presidente Bill
Clinton argumentou que
uma paz abrangente entre israelenses e palestinos uniria
os países árabes na "contenção dupla" do Irã e do Iraque.
Descobriu-se que o inverso
era verdadeiro: quando um
desses esforços caiu por terra, os outros dois também.
Antes de invadir o Iraque,
o presidente George W. Bush
argumentou que derrubar
Saddam Hussein criaria "um
exemplo dramático e inspirador de liberdade para os outros países da região".
Em vez disso, o Iraque explodiu em chamas, e as esperanças de paz caíram por terra. O Irã acelerou sua busca
por capacidade nuclear.
O argumento de Obama é
mais sutil. Embora seu pensamento contenha elementos da lógica de seus predecessores, há também algumas diferenças críticas.
Elas incluem evidências
de que os EUA estão realmente se retirando do Iraque, sanções muito mais duras contra o Irã e o surgimento ainda não consolidado de
um governo palestino funcionante na Cisjordânia.
O êxito está longe de estar
garantido em qualquer das
frentes e a dinâmica entre
elas é imprevisível.
"Não tivemos êxito em nenhuma dessas áreas. Mas
agora temos a possibilidade
e o potencial para fazer progresso significativo", diz
Dennis Ross, assessor de
Obama para o Oriente Médio.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Santos pede que Brasil classifique Farc como terroristas Índice
|