DA REDAÇÃO

Fontes do governo americano afirmaram que descobriram fundos que reforçam as suspeitas de ligação entre Osama bin Laden e os supostos 19 sequestradores dos aviões usados nos atentados do dia 11. Embora apontado como principal suspeito, não foram apresentadas provas sobre o envolvimento do terrorista saudita.
Dois dias antes dos ataques, segundo autoridades do FBI (polícia federal dos EUA) ouvidas pela rede britânica BBC, Mustafa Mohamed Ahmad, um suposto agente financeiro de Bin Laden, enviou dinheiro para Mohamed Atta, apontado como o líder da operação de sequestro. De acordo com a rede de TV americana CNN, Atta recebera no ano passado US$ 100 mil vindos do Paquistão, frequente canal para o dinheiro que entra no Afeganistão ou sai do país que abriga Bin Laden.
Conhecido também como xeque Saeed, Ahmad é um dos 27 indivíduos e organizações que têm vínculos conhecidos com Bin Laden e que tiveram congelados seus bens nos EUA -o presidente George W. Bush afirmou que US$ 6 milhões já foram bloqueados. Ex-diretor financeiro do milionário saudita no Sudão, ele administraria as transações da rede terrorista Al Qaeda.
De acordo com a BBC, as transferências de dinheiro para Atta foram feitas nos dias 8 e 9 de setembro, por um serviço na Flórida, a partir de uma conta em nome de Ahmad em Dubai.
Logo em seguida, Atta e dois outros sequestradores -Waleed al Shehri e Marwan al Shehi- teriam transferido cada um cerca de US$ 5.000 para outra conta em Dubai no nome de Ahmad.
Os agentes federais americanos suspeitam que os US$ 15 mil fizessem parte das sobras do dinheiro aplicado nos atentados, estimado em cerca de US$ 500 mil.
A BBC relata que o homem que recebeu nos Emirados Árabes Unidos o dinheiro enviado pelos supostos sequestradores viajou depois para Karachi, no Paquistão, usando um passaporte saudita. Há registros segundo os quais esse homem chegou aos Emirados Árabes Unidos em junho, após passagem por Qatar.
Fontes do governo revelaram ainda à CNN que até US$ 100 mil foram enviados do Paquistão no ano passado para Atta. Apesar da conexão financeira Paquistão-Afeganistão, a origem desses fundos é ignorada.
Autoridades americanas disseram à CNN que esse dinheiro também foi transferido para Atta por meio de dois bancos na Flórida, Estado onde o egípcio viveu e, no verão do ano passado, teve aulas de pilotagem. O suposto sequestrador teria retirado pequenas quantias e as distribuído para os outros envolvidos nos ataques terroristas.


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