DA REDAÇÃO

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, telefonou ontem aos chanceleres dos quatro demais membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU-China, França, Reino Unido e Rússia- e aos da Espanha e da Alemanha para informá-los sobre o teor de uma nova proposta de resolução sobre o Iraque. Washington acaba de assumir a presidência do conselho.
A proposta americana, prometida por Powell para o começo desta semana, deve ser apresentada hoje ou amanhã. A França, a maior opositora dos EUA na questão iraquiana, se comprometeu a não vetar o texto.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, a nova versão foi "melhorada" a partir de consultas a outros membros e deve "responder às críticas" feitas ao texto que estabeleceu a Autoridade Provisória da Coalizão, liderada pelos EUA, e reservou à ONU um "papel vital".
A nova resolução deve definir melhor o papel do organismo internacional -que hoje mantém no país menos de 30 funcionários- e o processo político para a rápida entrega de poder aos iraquianos, exigências feitas pelos países aos quais os EUA pediram ajuda na reconstrução.
"Escutamos atenciosamente ao que nos foi dito nas últimas semanas e incorporamos várias idéias e sugestões", disse Boucher.
Com a aprovação do texto, os EUA esperam obter ajuda para reduzir seu contingente no país -hoje em 130 mil soldados- e dinheiro para a reconstrução.
Nos próximos dias 23 e 24, será realizada em Madri uma conferência com potenciais doadores para o Iraque. O objetivo é obter US$ 35 bilhões, mas especialistas acreditam que a soma não venha a chegar a US$ 20 bilhões.