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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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Acadêmicos israelenses apóiam ação de pilotos que se rebelaram

DA EFE

Cerca de 200 acadêmicos de universidades de Israel apresentaram ontem uma declaração de apoio aos 27 pilotos da Força Aérea do país que, na semana passada, se negaram a participar de ataques contra palestinos.
Os pilotos enviaram uma carta ao chefe da Força Aérea, Dan Halutz, na qual condenavam a política israelense de matar membros de grupos terroristas palestinos em ataques com aviões ou helicópteros, argumentando que essas ações também matam civis.
"Damos valor à sua decisão e somos gratos aos valentes aviadores e soldados que seguem a voz de sua consciência e se negam a participar da morte de outro povo e da repressão a ele", diz o comunicado dos acadêmicos, segundo a imprensa israelense.
Em resposta às criticas feitas à decisão dos pilotos, que foi chamada de "imoral" e de "antipatriótica" por membros graduados das Forças Armadas de Israel, os acadêmicos disseram: "Também pensamos que a contínua ocupação dos territórios palestinos causou uma quebra de valores".
O texto dos acadêmicos foi divulgado um dia depois de o movimento pacifista israelense Iesh Gvul e um grupo de escritores pedirem à Suprema Corte que dê início a um processo contra Halutz -por conta da morte, em Gaza, de Salah Shehadeh, chefe do braço armado do Hamas.
Na operação, feita por um caça há mais de um ano, um piloto lançou uma bomba de uma tonelada contra o prédio em que Shehadeh se encontrava, matando 15 civis.


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