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ORIENTE MÉDIO
ONU quer cooperação
Síria protesta contra Conselho de Segurança
DA REDAÇÃO
A Síria criticou com veemência
a resolução do Conselho de Segurança da ONU que determinou
que o país tem de cooperar integralmente com as investigações
do assassinato do premiê libanês
Hafik Hariri (1992-98 e 2000-04).
Damasco tachou a resolução de
"politicamente motivada" e centenas de pessoas a condenaram
em manifestação diante da Embaixada dos EUA na capital síria.
A resolução do Conselho de Segurança foi tomada com base em
relatório que concluiu que há evidências do envolvimento de autoridades da Síria e do Líbano no assassinato de Hariri, em fevereiro
deste ano. As investigações reportadas no relatório foram conduzidas, a pedido da ONU, pelo procurador alemão Detlev Mehlis,
que deve tentar interrogar Assef
Shawkat e Maher Assad, respectivamente cunhado e irmão do ditador sírio, Bashar al Assad.
Shawkat é também chefe do serviço de inteligência. Ambos são suspeitos de envolvimento no caso.
O chanceler da Síria, Farouk al
Sharaa, afirmou que o relatório
condenou previamente seu país e
disse se perguntar por que a ONU
assumiu que Damasco tivesse culpa na morte de Hariri só porque
suas forças estavam então no Líbano -a Síria dominou o país
por 29 anos e foi forçada a retirar
suas tropas em abril devido a
pressões internacionais após o
atentado contra Hariri.
De acordo com analistas, o ditador sírio se vê diante de um dilema. Segundo Patrick Seale, um
biógrafo britânico de Hafez al Assad, pai de Bashar e ditador sírio
de 1971 a 2000, "a escolha que Assad [filho] tem de enfrentar é clara: ou continua afirmando que a
Síria é inocente no assassinato de
Hariri, ou reconhece que erros foram cometidos e conduz uma faxina entre os membros do alto escalão da segurança" nacional.
Seale afirmou ainda que a primeira opção condenaria Damasco ao
isolamento internacional e acarretaria sanções pesadas.
Com agências internacionais
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