São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2005

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ORIENTE MÉDIO

Hamas fala em guerra

Israel mata mais dois terroristas palestinos

DA REDAÇÃO

Israel matou ontem com um míssil dois proeminentes terroristas palestinos foragidos, no que o grupo Hamas disse se tratar de uma "guerra aberta".
Mas outro grupo, o Jihad Islâmico, que aceitara uma trégua temporária no último fim de semana após dias de ataques mútuos, reagiu com mais veemência: "Esse assassinato vai abrir os portões do inferno para o inimigo".
Pouco antes do ataque, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, havia passado pela estrada em que o veículo dos terroristas foi atingido, perto do campo de refugiados de Jabalya, em Gaza.
Na ação, morreram Hassan Madhoun, das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa (ligada ao movimento político de Abbas, o Fatah), e Fawzi Abu Kara, do Hamas. Dez pessoas foram feridas.
Segundo autoridades israelenses, o alvo era Madhoun, acusado de envolvimento em ataques com foguetes contra Israel e de planejar três ataques a bomba que mataram 20 israelenses desde 2004, inclusive contra o porto de Ashdod. Já Abu Kara era um especialista em foguetes caseiros, segundo o grupo ao qual pertencia.
"É uma guerra aberta. Eles [os israelenses] pagarão por seus crimes", disse, Mushir al Masri, porta-voz do Hamas. Tanto o Hamas quanto as Brigadas não executam nenhum ataque desde o início do ano, em respeito a uma trégua fechada há nove meses.
Mas, nos últimos dias, o Jihad Islâmico tem disparado foguetes contra cidades fronteiriças israelenses. Além disso, há uma semana, um ataque com homem-bomba do grupo matou cinco israelenses em Hadera. A retaliação israelense matou sete palestinos.
Também ontem, o Exército israelense entrou em Jenin, na Cisjordânia, com 40 tanques e outros veículos militares. Com o apoio de helicópteros, soldados cercaram um prédio onde se reuniam membros do Jihad Islâmico.


Com agências internacionais

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