São Paulo, segunda-feira, 02 de novembro de 2009

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Governo Obama passa por 1º teste nas urnas

Corrida pelos governos de Virgínia e Nova Jersey, amanhã, pode marcar virada da oposição republicana

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

O primeiro teste nas urnas da jovem Presidência de Barack Obama acontece amanhã, um ano depois de o democrata ter sido eleito. Virgínia e Nova Jersey escolhem seus governadores, em corridas prenhes de significado simbólico para o mundo político americano.
No primeiro caso, o candidato republicano está à frente, e o partido espera fazer da vitória no Estado vizinho a Washington o ponto inicial do que está chamando de "virada de 2010", quando o Congresso renova toda a Câmara dos Representantes (deputados) e parte do Senado, e a oposição tentará tomar o controle dos democratas em ao menos uma das Casas.
Obama foi o primeiro candidato democrata à Presidência a vencer na Virgínia desde Lyndon Johnson, em 1964, e os republicanos tentam pregar no pleito o rótulo de "plebiscitário" do primeiro ano de governo obamista. Segundo os últimos levantamentos, o ex-procurador-geral republicano Robert McDonnell está mais de dez pontos a frente do senador estadual R. Creigh Deeds.
No caso de Nova Jersey, o atual governador, Jon Corzine, lidera as pesquisas para a reeleição, mas tomou tantas decisões erradas que corroeu a grande vantagem que tinha sobre o desafiante republicano, Christopher Christie. Uma delas foi basear sua plataforma no fato de ser um milionário do mundo das finanças, o que não é exatamente positivo na crise atual. A mais recente foi autorizar propaganda em que critica o oponente por ser obeso.
Obama tem aparecido sempre ao lado de Corzine em comícios, o que o ajudou a manter a liderança. Já Deeds, o candidato da Virgínia, vinha desprezando o presidente, temeroso de que as críticas que o democrata vem recebendo, aliadas a um racismo renitente principalmente no sul do Estado, poderiam prejudicá-lo. A estratégia também deu errado.
É que assessores de Obama vazaram à imprensa que o candidato não solicitara a presença do presidente nos palanques. Desde então, a campanha se desdobrou para desfazer a impressão, e candidato e presidente apareceram em três eventos públicos juntos.
Além disso, a disputa de uma das duas vagas da Câmara dos Representantes que têm eleições especiais amanhã ganhou importância inédita na oposição. É a do 23º distrito de Nova York, aberta com o convite de Obama para que o republicano moderado John McHugh fosse seu secretário do Exército.
Para disputar sua sucessão, o partido indicou outra moderada, a deputada estadual Dede Scozzafava. Foi aí que entrou em cena a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, provável pré-candidata à Presidência em 2012, que resolveu fazer do pleito um exemplo nacional.
Apoiou um candidato independente ultraconservdor, Dough Hoffman, dizendo que os republicanos só voltarão a ter relevância se assumirem seus valores reais. Anteontem, Scozzafava desistiu da corrida.


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