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Governo Obama passa por 1º teste nas urnas
Corrida pelos governos de Virgínia e Nova Jersey, amanhã, pode marcar virada da oposição republicana
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O primeiro teste nas urnas da
jovem Presidência de Barack
Obama acontece amanhã, um
ano depois de o democrata ter
sido eleito. Virgínia e Nova Jersey escolhem seus governadores, em corridas prenhes de significado simbólico para o mundo político americano.
No primeiro caso, o candidato republicano está à frente, e o
partido espera fazer da vitória
no Estado vizinho a Washington o ponto inicial do que está
chamando de "virada de 2010",
quando o Congresso renova toda a Câmara dos Representantes (deputados) e parte do Senado, e a oposição tentará tomar o controle dos democratas
em ao menos uma das Casas.
Obama foi o primeiro candidato democrata à Presidência a
vencer na Virgínia desde
Lyndon Johnson, em 1964, e os
republicanos tentam pregar no
pleito o rótulo de "plebiscitário" do primeiro ano de governo obamista. Segundo os últimos levantamentos, o ex-procurador-geral republicano Robert McDonnell está mais de
dez pontos a frente do senador
estadual R. Creigh Deeds.
No caso de Nova Jersey, o
atual governador, Jon Corzine,
lidera as pesquisas para a reeleição, mas tomou tantas decisões erradas que corroeu a
grande vantagem que tinha sobre o desafiante republicano,
Christopher Christie. Uma delas foi basear sua plataforma no
fato de ser um milionário do
mundo das finanças, o que não
é exatamente positivo na crise
atual. A mais recente foi autorizar propaganda em que critica
o oponente por ser obeso.
Obama tem aparecido sempre ao lado de Corzine em comícios, o que o ajudou a manter
a liderança. Já Deeds, o candidato da Virgínia, vinha desprezando o presidente, temeroso
de que as críticas que o democrata vem recebendo, aliadas a
um racismo renitente principalmente no sul do Estado, poderiam prejudicá-lo. A estratégia também deu errado.
É que assessores de Obama
vazaram à imprensa que o candidato não solicitara a presença
do presidente nos palanques.
Desde então, a campanha se
desdobrou para desfazer a impressão, e candidato e presidente apareceram em três
eventos públicos juntos.
Além disso, a disputa de uma
das duas vagas da Câmara dos
Representantes que têm eleições especiais amanhã ganhou
importância inédita na oposição. É a do 23º distrito de Nova
York, aberta com o convite de
Obama para que o republicano
moderado John McHugh fosse
seu secretário do Exército.
Para disputar sua sucessão, o
partido indicou outra moderada, a deputada estadual Dede
Scozzafava. Foi aí que entrou
em cena a ex-governadora do
Alasca, Sarah Palin, provável
pré-candidata à Presidência
em 2012, que resolveu fazer do
pleito um exemplo nacional.
Apoiou um candidato independente ultraconservdor,
Dough Hoffman, dizendo que
os republicanos só voltarão a
ter relevância se assumirem
seus valores reais. Anteontem,
Scozzafava desistiu da corrida.
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