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São Paulo, terça-feira, 02 de dezembro de 2003

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Observadora diz que coleta foi tranquila

FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO

Apesar da tensão política, os observadores internacionais avaliam que a campanha de coleta de assinaturas realizada pela oposição venezuelana para afastar o presidente Hugo Chávez ocorreu sem maiores problemas.
"Acabamos de sair de um processo que, no geral, se desenvolveu bem. As pessoas exercitaram sua cidadania", disse ontem à tarde a representante do Centro Carter (EUA) na Venezuela, Jennifer McCoy, em entrevista à Folha, por telefone, de Caracas.
Com a aprovação do governo e da oposição, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Centro Carter, organização norte-americana liderada pelo ex-presidente Jimmy Carter (1977-81), enviaram 57 observadores para acompanhar as campanhas de recolhimento de assinatura.
Há uma semana, os chavistas encerraram uma campanha de coleta de assinaturas para a realização de referendos contra cerca de 40 deputados da oposição.
McCoy disse que, apesar da "tensão maior" durante a campanha oposicionista contra Chávez, encerrada ontem, não houve incidentes graves nas duas iniciativas.
Questionada sobre as denúncias de Chávez, que incluem coerção de empregados e falsificação de assinaturas, McCoy disse: "Houve algumas reclamações [dos governistas] que chegaram a nós. Pedimos a Chávez que as apresentasse ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE)".
McCoy, que também é professora de ciência política da Universidade Estadual da Geórgia, disse que "está discutindo com o CNE" como será a tarefa dos observadores internacionais durante a análise das assinaturas.
Em setembro, o CNE rejeitou as assinaturas apresentadas para convocar um referendo contra Chávez. A oposição acusou Chávez de ingerência no órgão.


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