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Observadora diz que coleta foi tranquila
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
Apesar da tensão política, os observadores internacionais avaliam que a campanha de coleta de
assinaturas realizada pela oposição venezuelana para afastar o
presidente Hugo Chávez ocorreu
sem maiores problemas.
"Acabamos de sair de um processo que, no geral, se desenvolveu bem. As pessoas exercitaram
sua cidadania", disse ontem à tarde a representante do Centro Carter (EUA) na Venezuela, Jennifer
McCoy, em entrevista à Folha,
por telefone, de Caracas.
Com a aprovação do governo e
da oposição, a Organização dos
Estados Americanos (OEA) e o
Centro Carter, organização norte-americana liderada pelo ex-presidente Jimmy Carter (1977-81), enviaram 57 observadores para
acompanhar as campanhas de recolhimento de assinatura.
Há uma semana, os chavistas
encerraram uma campanha de
coleta de assinaturas para a realização de referendos contra cerca
de 40 deputados da oposição.
McCoy disse que, apesar da
"tensão maior" durante a campanha oposicionista contra Chávez,
encerrada ontem, não houve incidentes graves nas duas iniciativas.
Questionada sobre as denúncias
de Chávez, que incluem coerção
de empregados e falsificação de
assinaturas, McCoy disse: "Houve
algumas reclamações [dos governistas] que chegaram a nós. Pedimos a Chávez que as apresentasse
ao Conselho Nacional Eleitoral
(CNE)".
McCoy, que também é professora de ciência política da Universidade Estadual da Geórgia, disse
que "está discutindo com o CNE"
como será a tarefa dos observadores internacionais durante a análise das assinaturas.
Em setembro, o CNE rejeitou as
assinaturas apresentadas para
convocar um referendo contra
Chávez. A oposição acusou Chávez de ingerência no órgão.
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