São Paulo, sábado, 02 de dezembro de 2006

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Forças Armadas tiveram doutrina modificada

DA FRANCE PRESSE

As Forças Armadas da Venezuela, onde surgiu a idéia de "revolução bolivariana", formam a espinha dorsal do governo de Hugo Chávez.
Ao longo dos oito anos de governo de Chávez, o número de militares que ocupam postos importantes se multiplicou, e as Forças Armadas adotaram uma nova doutrina com o objetivo de estarem preparadas para uma "guerra assimétrica" contra os Estados Unidos.
No momento, há seis militares reformados ocupando posições ministeriais, nove são governadores de Estados, quatro são deputados na Assembléia Nacional e outros cinco dirigem agências públicas.
Nos dois últimos anos, o governo venezuelano mobilizou as reservas e a guarda territorial, forças que estão sob comando direto do presidente e vêm sendo treinadas para resistir a uma eventual invasão norte-americana.
Uma das modificações adotadas na doutrina militar venezuelana considera que, devido às grandes reservas petroleiras, o país poderia ser vítima de ataques norte-americanos, e portanto precisa preparar suas forças para combater em uma "guerra assimétrica".
O general de divisão Alberto Muller Rojas, membro do Estado-Maior presidencial, disse que os recentes desdobramentos constavam da Lei Orgânica do Exército e Marinha de 1936 e foram adaptados para o mundo atual.
Carlos Correa, da Universidade Católica da Venezuela, considera que a irrupção dos militares na vida política tem por origem a Constituição de 1999, que concedeu direito de participação política aos militares. Correa lamenta que não tenham sido tomadas providências para evitar que "Forças Armadas com direito de voto pudessem se converter em fonte de intimidação".


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