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Forças Armadas tiveram doutrina modificada
DA FRANCE PRESSE
As Forças Armadas da Venezuela, onde surgiu a idéia de
"revolução bolivariana", formam a espinha dorsal do governo de Hugo Chávez.
Ao longo dos oito anos de governo de Chávez, o número de
militares que ocupam postos
importantes se multiplicou, e
as Forças Armadas adotaram
uma nova doutrina com o objetivo de estarem preparadas para uma "guerra assimétrica"
contra os Estados Unidos.
No momento, há seis militares reformados ocupando posições ministeriais, nove são governadores de Estados, quatro
são deputados na Assembléia
Nacional e outros cinco dirigem agências públicas.
Nos dois últimos anos, o governo venezuelano mobilizou
as reservas e a guarda territorial, forças que estão sob comando direto do presidente e
vêm sendo treinadas para resistir a uma eventual invasão norte-americana.
Uma das modificações adotadas na doutrina militar venezuelana considera que, devido
às grandes reservas petroleiras,
o país poderia ser vítima de ataques norte-americanos, e portanto precisa preparar suas forças para combater em uma
"guerra assimétrica".
O general de divisão Alberto
Muller Rojas, membro do Estado-Maior presidencial, disse
que os recentes desdobramentos constavam da Lei Orgânica
do Exército e Marinha de 1936
e foram adaptados para o mundo atual.
Carlos Correa, da Universidade Católica da Venezuela,
considera que a irrupção dos
militares na vida política tem
por origem a Constituição de
1999, que concedeu direito de
participação política aos militares. Correa lamenta que não
tenham sido tomadas providências para evitar que "Forças
Armadas com direito de voto
pudessem se converter em fonte de intimidação".
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