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Protesto da oposição contra Evo fracassa
Paralisação de 24 horas ficou reduzida a 3 cidades, entre as quais Santa Cruz
Líder diz que manifestação em Santa Cruz foi um sucesso; governo e oposição podem se reunir amanhã para discutir Constituinte
DA REDAÇÃO
A paralisação de 24 horas
convocada para ontem por
opositores às reformas do presidente boliviano, Evo Morales,
ficou reduzida a três cidades
-entre elas Santa Cruz, maior
foco da resistência à hegemonia governista na Assembléia
Constituinte. Aderiram ainda
Beni (nordeste) e Tarija (sul).
O protesto convocado por organizações empresariais teve
pouca adesão nos departamentos de Cochabamba e de Pando.
Em La Paz, não houve nenhum
registro de manifestação contra Morales.
A oposição quer que o presidente aceite que a Assembléia
Constituinte, instalada na cidade de Sucre, aprove os artigos
da nova Carta por dois terços,
como previsto na Lei de Convocatória aprovada pelo Congresso em março -e não por maioria simples, como foi imposto
pela maioria governista. A imposição da maioria simples é
chamada de "golpe de Estado"
pelos oposicionistas.
As principais avenidas de
Santa Cruz, maior pólo econômico boliviano, amanheceram
vigiadas pela organização de
extrema direita União Juvenil
Cruzenhista (UJC), que costuma usar uniformes de inspiração fascista. Os militantes paravam motoristas para obrigá-los
a respeitar a paralisação, segundo a imprensa local.
O presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, German
Antelo, disse que a greve foi um
"sucesso" e negou que a UJC tenha imposto a paralisação. A
ministra do Governo (Interior), Alicia Muñoz, disse que
foi uma greve "violenta" em
Santa Cruz e "parcial" nas outras duas cidades.
Apesar do protesto, existe a
possibilidade de um encontro
entre governo e representantes
de entidades cívicas amanhã,
inclusive de Antelo. Na agenda,
a revisão do sistema de votação
na Constituinte e o congelamento de uma proposta do governo para destituir governadores mediante censura do
Parlamento. O projeto, em tramitação, prevê que, caso a censura seja aprovada, o governador será obrigado a renunciar, e
caberia ao presidente decidir se
aceita ou não a renúncia.
Com agências internacionais
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