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ONU
Ban contradiz a ONU e evita condenar morte de Saddam
DA REDAÇÃO
Em seu primeiro dia como
secretário-geral da ONU, o
sul-coreano Ban Ki-moon (
pronuncia-se bahn gi-moon,
com um forte "g" no lugar do
"k"), 62, prometeu atenção
imediata à crise na região de
Darfur (Sudão), mas evitou
condenar a execução de Saddam Hussein.
Questionado sobre o enforcamento no fim de semana, Ban disse a repórteres
que o ditador iraquiano era
responsável "por crimes
atrozes e atrocidades indizíveis contra o povo iraquiano", mas disse que "o tema
para a pena capital é assunto
para cada um dos países-membros decidir" de acordo
com a lei internacional. A
Coréia do Sul mantém a pena
de morte, mas tem considerado aboli-la.
As declarações, no entanto, contradizem uma nota divulgada pelo enviado especial da ONU ao Iraque, Ashraf Qazi, na qual diz que o organismo multilateral "continua em oposição à pena capital, mesmo no caso de crimes
de guerra, crimes contra a
humanidade e genocídio".
Após a entrevista, o sul-coreano fez um giro pelo prédio
da organização. Ele parou
em uma sala de tributo aos
soldados das forças de paz da
ONU mortos, onde ficou em
silêncio por alguns minutos.
Depois da homenagem, se
encontrou com o atual presidente do Conselho de Segurança, o embaixador russo
Vitaly Churkin, e com a equipe de secretários-gerais adjuntos, ainda nomeados pelo
antecessor, Kofi Annan.
O sul-coreano deve nomear, ainda nesta semana, os
substitutos do secretariado
de Annan, que é de Gana.
Com agências internacionais
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