São Paulo, quarta-feira, 03 de janeiro de 2007

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ONU

Ban contradiz a ONU e evita condenar morte de Saddam

DA REDAÇÃO

Em seu primeiro dia como secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon ( pronuncia-se bahn gi-moon, com um forte "g" no lugar do "k"), 62, prometeu atenção imediata à crise na região de Darfur (Sudão), mas evitou condenar a execução de Saddam Hussein.
Questionado sobre o enforcamento no fim de semana, Ban disse a repórteres que o ditador iraquiano era responsável "por crimes atrozes e atrocidades indizíveis contra o povo iraquiano", mas disse que "o tema para a pena capital é assunto para cada um dos países-membros decidir" de acordo com a lei internacional. A Coréia do Sul mantém a pena de morte, mas tem considerado aboli-la.
As declarações, no entanto, contradizem uma nota divulgada pelo enviado especial da ONU ao Iraque, Ashraf Qazi, na qual diz que o organismo multilateral "continua em oposição à pena capital, mesmo no caso de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio".
Após a entrevista, o sul-coreano fez um giro pelo prédio da organização. Ele parou em uma sala de tributo aos soldados das forças de paz da ONU mortos, onde ficou em silêncio por alguns minutos.
Depois da homenagem, se encontrou com o atual presidente do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitaly Churkin, e com a equipe de secretários-gerais adjuntos, ainda nomeados pelo antecessor, Kofi Annan.
O sul-coreano deve nomear, ainda nesta semana, os substitutos do secretariado de Annan, que é de Gana.


Com agências internacionais


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