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Presidente chinês cita Darfur a líder sudanês
DA REDAÇÃO
Em uma rara declaração política durante sua visita oficial à
África, o presidente chinês, Hu
Jintao, disse ao presidente sudanês, Omar Hassan al Bashir,
que o conflito em Darfur precisa ser resolvido.
A China, freqüentemente
criticada por abster-se em relação à violação de direitos humanos por seus aliados comerciais no continente, é especialmente cobrada pela inação na
crise no sul do país africano,
onde cerca de 300 mil pessoas
já morreram e 2,5 milhões tiveram que deixar suas casas ante
conflitos entre agricultores locais e milícias árabes.
No comunicado conjunto
emitido ao final da reunião dos
dois presidentes, não houve referência a Darfur.
Na viagem em que visita oito
países, reforçando os laços de
Pequim com importantes fornecedores de matérias-primas
no continente, Hu anunciou
uma ajuda humanitária de US$
4,8 milhões para Darfur. Além
de acordos comerciais, a China
ofereceu um empréstimo de
US$ 12 milhões sem juros ao
Sudão e perdoou dívidas de
US$ 70 milhões. "Estou confiante em que esta visita fortalecerá a tradicional amizade
entre China e Sudão", disse Hu.
O governo do Sudão sofre
sanções dos Estados Unidos e
depende de suas exportações
de petróleo para a China.
A visita de Hu marca uma década de cooperação entre os
dois países na indústria petrolífera. O comércio bilateral supera US$ 3 bilhões.
O conflito em Darfur começou quando rebeldes não-árabes se levantaram contra o governo em fevereiro de 2003,
acusando-o de perseguição.
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