São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2008

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Relação Quito-Bogotá piorou no último ano

DA REDAÇÃO

A expulsão do embaixador colombiano de Quito culmina a série de desentendimentos e protestos de lado a lado que têm pontuado a relação diplomática entre Colômbia e Equador desde o fim de 2006.
Além de acusar os vizinhos de afetarem camponeses e o ambiente com as fumigações contra cultivos ilegais -motivo pelo qual chamou o embaixador equatoriano a Bogotá em dezembro de 2006, o governo do Equador já havia protestado outras vezes pela entrada irregular de tropas colombianas em seu território.
Em 2007, militares equatorianos anunciaram que reforçariam a vigilância na divisa para detectar as invasões tanto de militares do vizinho como de aviões antidrogas dos EUA.
Bogotá tem justificado as ações dizendo que tanto Equador como Venezuelana não impedem a atuação das Farc em seus territórios.
Acuada pela ofensiva militar colombiana dos últimos quatro anos, a guerrilha ocupa hoje sobretudo as regiões amazônicas nas fronteiras com o Equador, o Brasil e a Venezuela.
Na semana passada, o ex-senador e ex-refém da guerrilha Luis Eladio Pérez disse ter sido levado ao território equatoriano enquanto estava em cativeiro na selva e que as Farc se abastecem de produtos brasileiros e venezuelanos.
Em meio à crise diplomática, Uribe recebeu apoio interno. O ex-presidente César Gaviria pediu que o venezuelano Hugo Chávez "respeite" o mandatário colombiano. Ao Equador, pediu "compreensão".
Já o editorial do jornal colombiano "El Tiempo" classificou de "sintomática" a escalada da reação equatoriana e a atribuiu à influência de Chávez sobre Correa.


Com agências internacionais


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