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No Iraque, Ahmadinejad acusa Bush de terrorismo
DA REDAÇÃO
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez uma
visita histórica ontem ao Iraque, num sinal da reaproximação entre os dois países de
maioria xiita, que estiveram em
guerra nos anos 80. Ahmadinejad disse que sua viagem inaugurava novo capítulo nas relações entre as nações "irmãs".
Após ser recebido no aeroporto de Bagdá com um tapete
vermelho, Ahmadinejad se reuniu com o presidente iraquiano, Jalal Talabani. "Tivemos
conversas muito boas, que foram amigáveis e fraternas. Nós
temos visões semelhantes em
todos os assuntos e ambos os
lados planejam melhorar esse
relacionamento o quanto for
possível", afirmou o iraniano.
Segundo Talabani, eles discutiram questões políticas,
econômicas, petrolíferas e de
segurança, além de planejarem
vários acordos comerciais.
A visita de Ahmadinejad reflete a crescente influência do
Irã no país vizinho no período
pós-Saddam Hussein (que era
sunita) e representa um ato de
desafio aos EUA, que acusam o
Irã de fornecer armas e treinamento a extremistas xiitas no
Iraque para atacar tropas americanas na região.
O presidente iraniano disse
que a estabilidade do Iraque
"iria beneficiar toda a região".
Ahmadinejad também acusou os EUA de espalharem o
terrorismo no Oriente Médio.
"Seis anos atrás, não havia terrorismo na nossa região. Assim
que eles [americanos] pousaram aqui, nós testemunhamos
a chegada deles [terroristas]",
disse na noite de ontem, após se
reunir com Abdul-Aziz al Hakim, o líder da maior coalizão
política xiita do Iraque.
Ahmadinejad chegou ao Iraque um dia após o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike
Mullen, ter se reunido com autoridades iraquianas em Bagdá.
Embora Irã e Iraque tenham
maioria xiita, durante o regime
sunita de Saddam os países foram à guerra por razões de
fronteira. O conflito, em que
Saddam era apoiado pelos
EUA, deixou mais de 1 milhão
de mortos. Após a queda de
Saddam, em 2003, os xiitas assumiram o poder no Iraque e os
laços com os iranianos foram
retomados, apesar de não terem selado acordos de paz.
Com agências internacionais.
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