São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2006

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VÍTIMA DO TERROR

Após dúvida dos filhos, funeral de Helena Halevy e seu marido ocorreu em assentamento

Enterrada brasileira morta por suicida

DA REDAÇÃO

A brasileira Helena Halevy, morta na noite de quinta-feira por um terrorista das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, foi enterrada ontem com seu marido, Rafi, também vítima do atentado, no assentamento israelense de Kedumim, na Cisjordânia.
Segundo o jornal "Haaretz", os quatro filhos do casal quiseram que a cerimônia fosse reservada, sem discursos de autoridades ou a presença de jornalistas.
Helena, que tinha 60 anos, emigrou para Israel em meados dos anos 60. O homem-bomba que a vitimou vestia-se como um judeu e pediu carona ao casal. Dois outros jovens, igualmente caronistas, também morreram quando o palestino detonou dez quilos de explosivos que transportava sob a roupa.
A polícia acredita que ele planejava se explodir quando o automóvel já estivesse no assentamento, para produzir um número maior de vítimas.
Um dos quatro filhos de Helena, Oded Halevy, é comandante de um batalhão israelense que participou do desmantelamento de assentamentos judaicos em setembro. Uma de suas tarefas foi a de acompanhar a exumação nos cemitérios cujos terrenos seriam entregues aos palestinos.
Diante disso, ele, seu irmão e suas duas irmãs hesitaram em enterrar Rafi e Helena em Kedumim, cujas terras podem ser um dia repassadas à Autoridade Nacional Palestina.
Ainda segundo o "Haaretz", o casal já havia morado no kibutz de Beerot Yitzhak e no de Kfar Gideon. Ao se mudar para o assentamento, em 1989, tomou a precaução de verificar se o terreno em que iriam construir era realmente público e não propriedade de uma família árabe.
Os filhos disseram ao jornal israelense que o pai falava correntemente árabe e que o casal se dava bem com seus vizinhos muçulmanos.

Formação do governo
Os partidos políticos israelenses começaram ontem a ser recebidos pelo presidente Moshe Katsav, que deverá pedir a Ehud Olmert, atual primeiro-ministro e líder do Kadima, que lidere a formação do governo.
O Kadima obteve a maior bancada -29 das 120 cadeiras do Parlamento unicameral- nas eleições da última terça-feira. Um de seus responsáveis, Roni Bar-On, disse que Olmert procurará fazer uma aliança "a mais ampla possível".
O Partido Trabalhista, que na primeira apuração havia eleito 20 deputados, perdeu uma cadeira com o recálculo da votação feito pela comissão eleitoral.


Com agências internacionais


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