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VÍTIMA DO TERROR
Após dúvida dos filhos, funeral de Helena Halevy e seu marido ocorreu em assentamento
Enterrada brasileira morta por suicida
DA REDAÇÃO
A brasileira Helena Halevy,
morta na noite de quinta-feira
por um terrorista das Brigadas
dos Mártires de Al Aqsa, foi enterrada ontem com seu marido,
Rafi, também vítima do atentado, no assentamento israelense
de Kedumim, na Cisjordânia.
Segundo o jornal "Haaretz", os
quatro filhos do casal quiseram
que a cerimônia fosse reservada,
sem discursos de autoridades ou
a presença de jornalistas.
Helena, que tinha 60 anos,
emigrou para Israel em meados
dos anos 60. O homem-bomba
que a vitimou vestia-se como
um judeu e pediu carona ao casal. Dois outros jovens, igualmente caronistas, também morreram quando o palestino detonou dez quilos de explosivos que
transportava sob a roupa.
A polícia acredita que ele planejava se explodir quando o automóvel já estivesse no assentamento, para produzir um número maior de vítimas.
Um dos quatro filhos de Helena, Oded Halevy, é comandante
de um batalhão israelense que
participou do desmantelamento
de assentamentos judaicos em
setembro. Uma de suas tarefas
foi a de acompanhar a exumação
nos cemitérios cujos terrenos seriam entregues aos palestinos.
Diante disso, ele, seu irmão e
suas duas irmãs hesitaram em
enterrar Rafi e Helena em Kedumim, cujas terras podem ser um
dia repassadas à Autoridade Nacional Palestina.
Ainda segundo o "Haaretz", o
casal já havia morado no kibutz
de Beerot Yitzhak e no de Kfar
Gideon. Ao se mudar para o assentamento, em 1989, tomou a
precaução de verificar se o terreno em que iriam construir era
realmente público e não propriedade de uma família árabe.
Os filhos disseram ao jornal israelense que o pai falava correntemente árabe e que o casal se
dava bem com seus vizinhos
muçulmanos.
Formação do governo
Os partidos políticos israelenses começaram ontem a ser recebidos pelo presidente Moshe
Katsav, que deverá pedir a Ehud
Olmert, atual primeiro-ministro
e líder do Kadima, que lidere a
formação do governo.
O Kadima obteve a maior bancada -29 das 120 cadeiras do
Parlamento unicameral- nas
eleições da última terça-feira.
Um de seus responsáveis, Roni
Bar-On, disse que Olmert procurará fazer uma aliança "a mais
ampla possível".
O Partido Trabalhista, que na
primeira apuração havia eleito
20 deputados, perdeu uma cadeira com o recálculo da votação
feito pela comissão eleitoral.
Com agências internacionais
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