DO ENVIADO A BOGOTÁ

O governo francês anunciou ontem que "está em marcha" a "missão humanitária" à Colômbia para tentar libertar ou dar assistência médica à política franco-colombiana Ingrid Betancourt, 46, cujo precário estado de saúde após mais de seis anos em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) tem provocado uma corrida contra o tempo para tentar salvar sua vida.
"A missão humanitária dos três países facilitadores [de um acordo com as Farc] começou em contato com as autoridades pertinentes", diz lacônica nota da Presidência. "Temos feito tudo o que se pode humanamente fazer. Agora, é preciso esperar que nossos enviados e o médico possam chegar ao lugar. Não é simples, é fisicamente muito difícil, e moralmente também", disse, em Paris, o chanceler francês, Bernard Kouchner.
Também em Paris, Lorenzo Delloye, filho de Betancourt, disse que sua mãe "corre em direção à morte" por estar em greve de fome há cinco semanas e sofrer de hepatite B. Disse que ela precisa de uma transfusão de sangue "em poucas horas".
Até ontem à tarde, nenhuma aeronave francesa havia chegado ao departamento de Guaviare (sul da Colômbia), onde Bogotá acredita que Betancourt esteja.
As Farc ainda não responderam à proposta do governo colombiano feita há uma semana para soltar guerrilheiros presos em em troca dos 39 reféns políticos. A oferta não inclui a desmilitarização de dois municípios, como tem exigido a guerrilha. (FM)


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