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Mulher-bomba que atacou metrô russo tinha 17 anos
Nascida no Daguestão, jovem era "viúva" de rebelde morto pelas tropas federais
Rebelde da Tchetchênia reivindicou autoria do pior ataque terrorista ocorrido em Moscou em seis anos; mortos já chegaram a 40
DA REDAÇÃO
Uma russa de apenas 17 anos
foi identificada ontem pelo Comitê Nacional Antiterrorismo
como uma das duas mulheres-bomba que atacaram as estações de metrô de Moscou Lubianka e Parque Kulturi na segunda-feira, naquele que foi o
pior ato terrorista ocorrido na
capital do país em seis anos.
Nas fotografias obtidas pela investigação, Dzhennet Abdurakhmanova, que também usava o nome Abdullayeva, aparece com cabelos e pescoço cobertos por um lenço preto tradicional, exibindo armas e granadas abraçada a Umalat Magomedov, 30, líder de um grupo
rebelde islâmico do Daguestão,
república do norte do Cáucaso
onde a garota nasceu.
Segundo informações do jornal "Kommersant", o rapaz estava noivo da adolescente e foi
morto em operação militar de
31 de dezembro último, o que
fez dela uma "viúva negra", como são conhecidas mulheres ligadas a insurgentes mortos. O
diário diz também que a segunda suicida era uma tchetchena
de 20 anos, viúva de um insurgente morto em 2009 em ação
para desmantelar um plano de
matar o presidente tchetcheno.
O norte do Cáucaso russo é
palco de insurgências violentas
desde 1991. Em 1999, quando
separatistas tchetchenos ganharam força com base em valores nacionalistas, houve uma
forte ofensiva liderada por Vladimir Putin, o atual premiê. O
Kremlin chegou a dizer que o
separatismo havia sido derrotado apenas para, agora, vê-lo
reorganizado sob a identidade
islâmica. Os insurgentes reivindicam hoje um Estado submetido à sharia (lei islâmica). O
Kremlin afirma que os grupos
têm apoio, inclusive financeiro,
da rede terrorista Al Qaeda.
Há dois dias, o líder rebelde
tchetcheno Doku Umarov, que
se diz "emir do Cáucaso" e lutou contra o Exército russo na
Tchetchênia, confessou em vídeo publicado na internet a autoria dos atentados ao metrô de
Moscou, que deixaram 40 mortos. No mesmo dia, outro ataque de dois homens-bomba
matou dez no Daguestão.
Com agências internacionais
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