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ONG vê crimes, não massacre, em Jenin
DA REDAÇÃO
Israel pode ter cometido crimes
de guerra em Jenin, mas não há
evidências para sustentar denúncias palestinas de que houve um
massacre de centenas de pessoas
no campo de refugiados da cidade, afirmou o grupo internacional
de defesa dos direitos humanos
Human Rights Watch (HRW).
Três de seus investigadores passaram uma semana recolhendo
testemunhos em Jenin. Documentaram a morte de 52 palestinos, dos quais 22 seriam civis.
"Os abusos documentados em
Jenin são extremamente sérios e,
em alguns casos, parecem ser crimes de guerra. Mas a HRW não
encontrou evidências para sustentar afirmações de que os militares israelenses massacraram
centenas de palestinos no campo", disse o grupo.
Os palestinos acusam Israel de
ter massacrado cerca de 500 pessoas. Já os israelenses sustentam
que seus soldados travaram uma
dura batalha, matando cerca de
50 palestinos, quase todos armados. Israel perdeu 23 soldados no
campo, que chamava de "fábrica
de terroristas suicidas", local dos
mais duros combates da ofensiva
de Israel na Cisjordânia.
Entre os crimes de guerra, a
ONG, com sede nos EUA, citou o
caso de um homem que foi baleado e atropelado por tanques
quando se locomovia de cadeira
de rodas numa via importante
carregando uma bandeira branca.
Em outro caso, um paralítico foi
soterrado dentro de sua casa. Israel rejeita as acusações.
ONU
O Conselho de Segurança da ONU se dividiu ontem em relação
ao que fazer após a decisão do secretário-geral da entidade, Kofi
Annan, de desmantelar a missão que investigaria o aconteceu no
campo de Jenin, após reiteradas exigências de Israel para permitir
a entrada da equipe.
Os países árabes querem que seja adotada uma resolução dentro
do capítulo 7 da Legislação da ONU, que obrigaria Israel a aceitar a missão. Porém os EUA afirmaram que vetariam qualquer iniciativa nesse sentido.
Com agências internacionais
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