|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Irã ameaça bombardear
Israel se sofrer ataque
DA REDAÇÃO
Caso os Estados Unidos bombardeiem suas instalações nucleares, o Irã retaliará por meio do
bombardeio de Israel, afirmou
em Teerã o general Mohammad
Ebrahim Dehqani, um dos comandantes da Guarda Revolucionária do regime islâmico.
A declaração de Dehqani foi reproduzida pela agência iraniana
Isna, gerida por estudantes universitários, que não especificaram
a data e o local em que a ameaça
foi feita. Dehqani afirmou, segundo a agência, que "já dissemos
que, se os Estados Unidos nos
provocar algum mal, o primeiro
alvo que atingiremos será Israel".
O militar também afirmou que
os israelenses não estão preparados para um confronto armado
com o Irã, e que seu país resistiria
ao lançamento de bombas pelos
B-52 americanos.
O vice-ministro do Petróleo do
Irã, Mohammad Hadi Hosseinian, disse na Índia, onde se encontrava ontem, existir "alguma
possibilidade" de um bombardeio americano. Em razão disso,
"estou preocupado e todos estamos preocupados também".
Em Israel, Shimon Peres, provável vice-primeiro-ministro no
próximo gabinete, advertiu ontem o Irã de que Israel é capaz de
se defender, se necessário. Advertiu que "Israel é excepcionalmente forte e sabe como se defender".
O comandante do Exército israelense, general Dan Halutz, disse que, caso obtenha a arma nuclear, o Irã será uma ameaça à sobrevivência de Israel. Indagado
pelo jornal "Maariv" se a comunidade internacional deveria evitar
pela força que os iranianos alcancem esse objetivo, respondeu que
"sim, a resposta é sim".
O presidente de Israel, Moshe
Katzav, deu ontem uma entrevista à rede árabe Al Jazira, algo excepcional na rotina da emissora
baseada no Qatar e também aos
hábitos dos políticos israelenses.
Afirmou que o Irã não representa apenas um perigo para Israel, mas também para os países
da Europa e para os países árabes
do Oriente Médio.
Katzav disse que não existem
conflitos de interesse entre seu
país e o Irã. "Nem temos fronteiras comuns. Temos a impressão
de que o Irã tenta atrair apoio do
mundo islâmico ao ameaçar o Estado de Israel", afirmou.
O Irã será um dos temas centrais na agenda da viagem que a
chanceler alemã Angela Merkel
fará esta semana em Washington.
Ela será homenageada pelo Comitê Judaico Americano e deverá
evocar o perigo a que Israel está
exposto pelas intenções bélicas
iranianas.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Geografia: Jovens dos EUA não sabem onde é o Iraque Próximo Texto: Panorâmica - Estudo: Subnutrição infantil caiu só 5 pontos percentuais em 15 anos, aponta Unicef Índice
|