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Para analista, decisão contempla Wall Street
DE WASHINGTON
John Dunbar, diretor de projetos do Center for Public Integrity
(CPI), órgão que investiga questões de ética e transparência no
serviço público nos EUA, afirma
que a decisão da FCC contempla
"o óbvio: Wall Street e suas grandes corporações".
O CPI investiga a indústria de
telecomunicações americana há
três anos. Há duas semanas, publicou levantamento mostrando
que os membros da FCC receberam, nos últimos oito anos, US$
2,8 milhões em 2.500 viagens pagas pelas empresas beneficiadas
pela decisão de ontem. Outro levantamento mostrou que a FCC e
as empresas de mídia realizaram
71 encontros, alguns bastante "reservados", entre setembro e sexta-feira passada, às vésperas da
votação das mudanças.
Para Dunbar, "a decisão foi feita
sob medida para grupos que já
operavam acima do limite com
"decisões temporárias'". "Grandes grupos como a Viacom e
News Corp. estavam nessa situação e, com a decisão, todas essas
permissões não-definitivas deixam de ser necessárias", disse.
Para ele, há "um enorme potencial para jornais e emissoras de
TV se fundirem em grandes cidades e padronizarem o conteúdo
do noticiário". "Para os pequenos
vai ser uma decisão de vida ou
morte: ou se deixam adquirir ou
podem tentar sobreviver sozinhos contra grupos que vão, no limite, oferecer pacotes padronizados de anúncios a preços menores
que os da concorrência."
"A decisão visa principalmente
fusões para diminuir os custos
das empresas via demissões de
funcionários e padronização de
programas em áreas mais abrangentes", disse.
(FCz)
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