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São Paulo, terça-feira, 03 de junho de 2003

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Para analista, decisão contempla Wall Street

DE WASHINGTON

John Dunbar, diretor de projetos do Center for Public Integrity (CPI), órgão que investiga questões de ética e transparência no serviço público nos EUA, afirma que a decisão da FCC contempla "o óbvio: Wall Street e suas grandes corporações".
O CPI investiga a indústria de telecomunicações americana há três anos. Há duas semanas, publicou levantamento mostrando que os membros da FCC receberam, nos últimos oito anos, US$ 2,8 milhões em 2.500 viagens pagas pelas empresas beneficiadas pela decisão de ontem. Outro levantamento mostrou que a FCC e as empresas de mídia realizaram 71 encontros, alguns bastante "reservados", entre setembro e sexta-feira passada, às vésperas da votação das mudanças.
Para Dunbar, "a decisão foi feita sob medida para grupos que já operavam acima do limite com "decisões temporárias'". "Grandes grupos como a Viacom e News Corp. estavam nessa situação e, com a decisão, todas essas permissões não-definitivas deixam de ser necessárias", disse.
Para ele, há "um enorme potencial para jornais e emissoras de TV se fundirem em grandes cidades e padronizarem o conteúdo do noticiário". "Para os pequenos vai ser uma decisão de vida ou morte: ou se deixam adquirir ou podem tentar sobreviver sozinhos contra grupos que vão, no limite, oferecer pacotes padronizados de anúncios a preços menores que os da concorrência."
"A decisão visa principalmente fusões para diminuir os custos das empresas via demissões de funcionários e padronização de programas em áreas mais abrangentes", disse. (FCz)


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