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Chávez reaparece após 3 dias e atribui falta
a posse a "atentado"
Presidente diz que golpistas venezuelanos e CIA tinham plano para matá-lo se fosse a El Salvador
DA REDAÇÃO
O risco de sofrer um atentado
fez com que Hugo Chávez desistisse de viajar a El Salvador
para a posse de Maurício Funes, disse ontem o o presidente
da Venezuela, depois de passar
três dias longe da mídia.
"Esteve a ponto de ocorrer
um atentado assim que chegássemos a San Salvador. Não estou acusando nem ao governo
que saiu e muito menos ao que
chegou, que é do amigo Funes",
declarou, atribuindo o plano a
"golpistas venezuelanos" que o
teriam jurado de morte. Segundo ele, as fontes de inteligência
que desbarataram o plano são
de "seriedade e credibilidade".
Chávez não fazia aparições
públicas desde sexta-feira. No
fim de semana, cancelou os
dois dias finais da "maratona"
televisiva de comemoração aos
dez anos de seu programa, "Alô
Presidente", e, anteontem, era
esperado na posse do presidente esquerdista Funes, mas também faltou. Tampouco foi ontem a Honduras, onde estava
inscrito como chefe da delegação de seu país na cúpula da
OEA (Organização dos Estados
Americanos).
As ausências inesperadas do
presidente geraram especulações em Caracas e fóruns de debate na internet sobre seu estado de saúde.
A Venezuela se acostumou a
aparições midiáticas quase diárias do mandatário, que poucas
vezes suspendeu o "Alô Presidente", no ar aos domingos.
"Três dias sem notícias do presidente é uma novidade na Venezuela do século 21", escreveu
o jornal "Tal Cual", citando o
rumor de que Chávez estivesse
em Cuba com Fidel Castro.
O jornal "El Universal" atribuíra a reclusão chavista a uma
infecção estomacal, causada
por um alimento estragado.
Outro periódico, o "El Nacional", dissera que o "Alô Presidente" tivera seu final cancelado por falta de audiência, mas
que não tinha "informações sobre onde e como está Chávez".
Chávez respondeu às especulações dizendo que "até a oligarquia se assusta quando desapareço. Passam 2 ou 3 dias e
entram em pânico".
A resposta oficial para o cancelamento do "Alô Presidente"
é de "falhas técnicas".
Inteligência americana
Chávez acusou a inteligência
americana de estar por trás da
suposta tentativa de assassinato contra ele, mas não o presidente dos EUA, Barack Obama,
"que tem boas intenções".
"Mas além de Obama há um
império, a CIA [agência de inteligência] e todos os seus tentáculos", ressaltou.
Em setembro, Chávez havia
denunciado outro suposto plano para matá-lo e para um golpe de Estado na Venezuela, que
atribuiu a militares de seu país
com aprovação dos EUA.
Com agências internacionais
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