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RESPALDO
Lula dá apoio a presidente da Guatemala, acusado por morte
EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DA
GUATEMALA
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva aproveitou visita à Guatemala para manifestar seu apoio ao colega Álvaro Colom, acusado pela
oposição de estar por trás do
assassinato de um advogado
no mês passado.
"E quem é que disse que
denúncia significa alguma
coisa? E se não for verdade?
Eu apoio a democracia. Eu
sei o que aconteceu comigo
em 2005 [ano das denúncias
do mensalão]."
Na semana passada, Lula
recebeu o ditador uzbeque
Islam Karimov. Em maio,
passou pelo constrangimento do convite e depois cancelamento da visita ao Brasil do
presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
"Quando o Brasil sai pra
viajar não é o Lula que está
viajando, é o Estado brasileiro que está mantendo contato com outro Estado. Isso vale para a Guatemala, vale pra
China, vale pro Irã. Eu quero
visitar o Irã", afirmou. "O
Brasil tem uma boa relação
comercial com o Irã, então
nós temos que ir lá conversar
com o Irã. Agora quem governa o Irã é da responsabilidade do povo do Irã, não é do
povo brasileiro. Então sem
preconceito", disse.
A primeira manifestação
de apoio a Colom ocorreu
com declaração conjunta entre Brasil e Guatemala, na
qual o governo brasileiro
"expressa sua confiança em
que prevaleça a governabilidade e a harmonia" e que seja
preservada a "institucionalidade democrática e a vigência do Estado de direito".
O documento foi lido diante de Lula e Colom, em evento no final da noite de anteontem no palácio do governo local (0h em Brasília).
A acusação contra Colom
veio à tona por meio de um
vídeo, gravado pelo advogado Rodrigo Rosenberg antes
de ter sido assassinado a tiros. Na gravação, quatro dias
antes de sua morte, ele responsabiliza o presidente pelo seu assassinato.
Colom nega acusações e
diz que tudo faz parte de um
plano que tem como objetivo
desestabilizar o seu governo.
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