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EUA deixam combate no Iraque em 1 mês
Plano é manter 50 mil soldados, de 144 mil na posse de Obama, a partir de setembro; meta é saída total em 2011
Tropas terão função de planejar ações e treinar forças iraquianas; operação se chamará "Novo Amanhecer"
Jason Reed/Reuters
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Obama carrega bebê após discurso em Atlanta
DE WASHINGTON
Após escândalos seguidos
sobre o Afeganistão, o presidente Barack Obama tentou
desviar atenções ontem para
o que pode dizer de positivo
sobre as guerras americanas:
o fim, neste mês, da missão
de combate no Iraque.
"Logo após tomar posse,
anunciei nossa nova estratégia para uma transição de
responsabilidade aos iraquianos. E deixei claro que,
em 31 de agosto de 2010, a
missão de combate dos EUA
no Iraque acabaria. É exatamente o que estamos fazendo -como prometido e no
prazo", afirmou Obama, em
discurso para os Veteranos
Deficientes da América.
A Casa Branca quer deixar
apenas 50 mil soldados -dos
144 mil de quando Obama assumiu e 88 mil em maio- no
país a partir de setembro.
Eles terão papel de assessorar e treinar forças iraquianas, proteger pessoal civil
americano e planejar operações de contraterrorismo.
O nome da operação passa
de Iraqi Freedom (Liberdade
no Iraque) para New Dawn
(Novo Amanhecer). Para
completar a transição, os
EUA instalarão um novo embaixador e um novo general
em Bagdá. Os 50 mil restantes saem ao fim de 2011.
O que Obama não mencionou foram os desafios a seus
planos. Um deles é a própria
situação da segurança, que,
se está em seus níveis mais
baixos desde o auge do derramamento de sangue entre
2005 e 2007, continua longe
de ser considerada "normal".
Outro problema é que,
quase cinco meses após eleições gerais, o Iraque ainda
não formou um governo.
Por isso, e escaldada pelo
fiasco do governo anterior,
que disse ter "completado a
missão" pouco após tomar
Bagdá em 2003, esta Casa
Branca teve o cuidado de não
declarar vitória no Iraque.
Além disso, o ambiente é
pouco propício a tais declarações, pouco após um vazamento de documentos secretos revelar fracassos no Afeganistão e de o general americano em Cabul ser trocado.
"Continuaremos a enfrentar enormes desafios no Afeganistão. Mas estamos avançando e temos objetivos alcançáveis", disse Obama.
Prometeu ainda acelerar
benefícios e melhorar atendimento médico aos veteranos
das guerras. Os EUA têm quase 2 milhões de veteranos
que serviram no Iraque e no
Afeganistão, o maior número
desde a Guerra do Vietnã.
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