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Velocidade sofre contestação
e da Reportagem Local
Os promotores encarregados do
caso Diana negaram ontem que o
velocímetro da Mercedes S280 que
transportava a princesa estava parado na marca de 196 km/h.
Segundo eles, o mostrador estava no zero. Mesmo que o aparelho
registrasse aquela velocidade, isso
não é um indicativo seguro de que
o carro estivesse a 196 km/h ao colidir. Poderia estar a até mais, pois
o S280 chega a 215 km/h.
Para José Barth, perito do Instituto de Criminalística da Polícia
Civil de São Paulo, somente um
fragmento, como um caco de vidro, que obstruísse o caminho do
ponteiro do velocímetro faria com
que ele parasse em outra marca
que não o zero.
Ele lembra que o ponteiro salta,
para cima ou para baixo, com o
impacto. Ou seja, a velocidade que
indicar nem sempre é a mesma em
que o veículo se encontrava. Além
disso, entre o impacto e o momento em que o ponteiro é obstruído,
há redução da velocidade.
Segundo Marcos Saltini, 34, presidente da comissão de assuntos
técnicos da Anfavea (associação
brasileira das montadoras), é possível chegar a um nível de precisão
de cerca de 95% sobre a velocidade
na hora do acidente levando em
consideração cinco itens: a deformação da carroceria, o ângulo e a
área de impacto, o material de que
é feito o obstáculo e as marcas de
frenagem deixadas pelos pneus.
Desses quesitos, os peritos normalmente dão mais importância
aos rastros dos pneus.
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