São Paulo, quarta, 3 de setembro de 1997.



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Velocidade sofre contestação

e da Reportagem Local

Os promotores encarregados do caso Diana negaram ontem que o velocímetro da Mercedes S280 que transportava a princesa estava parado na marca de 196 km/h.
Segundo eles, o mostrador estava no zero. Mesmo que o aparelho registrasse aquela velocidade, isso não é um indicativo seguro de que o carro estivesse a 196 km/h ao colidir. Poderia estar a até mais, pois o S280 chega a 215 km/h.
Para José Barth, perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo, somente um fragmento, como um caco de vidro, que obstruísse o caminho do ponteiro do velocímetro faria com que ele parasse em outra marca que não o zero.
Ele lembra que o ponteiro salta, para cima ou para baixo, com o impacto. Ou seja, a velocidade que indicar nem sempre é a mesma em que o veículo se encontrava. Além disso, entre o impacto e o momento em que o ponteiro é obstruído, há redução da velocidade.
Segundo Marcos Saltini, 34, presidente da comissão de assuntos técnicos da Anfavea (associação brasileira das montadoras), é possível chegar a um nível de precisão de cerca de 95% sobre a velocidade na hora do acidente levando em consideração cinco itens: a deformação da carroceria, o ângulo e a área de impacto, o material de que é feito o obstáculo e as marcas de frenagem deixadas pelos pneus.
Desses quesitos, os peritos normalmente dão mais importância aos rastros dos pneus.



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